12 de outubro é o Dia da Criança, que coincide com o dia da Padroeira do Brasil, a Senhora Aparecida. Em outubro ocorrem eleições majoritárias. Nós que formamos a família da Pastoral da Criança cobramos ações dos políticos, priorizando a saúde e a educação em nosso país, criando as condições para isso, qualificando as lideranças cada vez mais. As atividades básicas da nossa Pastoral da Criança nasceram com a força de uma política pública de prevenção à mortalidade infantil e superação de doenças graves de crianças, gestantes e mães. Pelo Brasil, sabe-se que muitos recursos destinados à saúde pública são desviados. Isso não poderia acontecer. O legado de nossa fundadora, doutora Zilda, médica sanitarista, é fazer com que a Saúde Pública e as leis favoreçam a vida!
Na Pastoral da Criança, nosso dever é garantir a assistência à gestante, à mãe e à criança, sobretudo nos seus primeiros mil dias, favorecendo vacinações, orientando a nutrição sadia e barata, evitando tanto a desnutrição, como a obesidade. Não devem e não podem faltar profissionais e recursos básicos nos Postos de Saúde e na Estratégia Saúde da Família. Os políticos que vamos eleger devem investir no sistema público, acabando com as filas intermináveis de gente à espera de atendimentos, consultas, tratamentos. Faltam remédios e acompanhamento médico-hospitalar para a maioria da população empobrecida, quer nos casos simples ou de maior complexidade. Muitos hospitais estão sucateados, sem equipamentos, leitos e sem profissionais suficientes. É indispensável que os gestores cuidem do saneamento básico, do tratamento de água e esgoto, para evitar muitas doenças.
Cuidar disso é cuidar de saúde preventiva. Na Pastoral da Criança, nas visitas domiciliares passemos os conhecimentos básicos às mães! Tentemos envolver os familiares nos cuidados com a saúde preventiva. Podemos fazer muito, com atividades simples, mas exigentes. Na hora de votar não podemos escolher políticos que não estejam nem aí para a saúde pública. Que ninguém seja explorado ou maltratado dentro da própria casa. Isso depende de cada um de nós, cultivando a espiritualidade do Evangelho de Jesus, defendendo e promovendo a vida e a esperança, oferecendo com muito amor os nossos préstimos e toda assistência possível aos que tanto amamos. Oferecer à criança presença permanente da Pastoral da Criança será o melhor presente no seu dia, concordam?
Dom Aldo di Cillo Pagotto
Arcebispo Metropolitano da Paraíba e Presidente do Conselho Diretor da Pastoral da Crianças