Estimados líderes:
Estamos iniciando mais um mês. Que bom, pois agosto é o mês em que a Igreja comemora as vocações e entre as várias vocações, temos a de ser pai.
É muito importante este nosso encontro todos os meses através de nosso Jornal. É um momento em que podemos trocar ideias e nos animar em nossa missão de construir um mundo conforme o coração de Deus, um mundo onde possa haver paz, compreensão, solidariedade e amor. É isto que pretendemos com a missão que Jesus nos confiou junto às famílias que acompanhamos. Vocês não acham?
Neste mês de agosto, dois assuntos nos chamam atenção. Vamos conversar sobre eles em nossas Oficinas de Formação Contínua Integrada. Os temas são: o Dia Mundial da Amamentação, celebrado em 01 de agosto; e o Dia dos Pais, que neste ano, celebramos no dia 10 deste mês. Vocês já sabem muito bem sobre os benefícios da amamentação e sobre isso vocês falam continuamente com as gestantes e mães que acompanham. Elas, muitas vezes, precisam ser convencidas disto. E, nestes momentos, vocêm procuram convencê-las que será muito importante para a vida futura de seus filhos que elas tenham condições de amamentar os seus bebês. Lembrando sempre, que o leite materno é o melhor alimento para o bebê e o protege de muitas doenças. Além disso, não devemos esquecer que o leite materno é um direito da criança. Neste aspecto da amamentação, gostaria de refletir com vocês sobre o nosso importante trabalho pastoral com relação a isso. O Papa Paulo VI, em sua Exortação Apostólica “Evangelii Nuntiandi”, sobre a evangelização no mundo contemporâneo, de 8 de dezembro de 1.975, nos fala, em seu artigo nº 19, que “para a Igreja não se trata tanto de pregar o Evangelho a espaços geográficos cada vez mais vastos ou populações maiores em dimensão de massa, mas de chegar a atingir e como que a modificar pela força do Evangelho os critérios de julgar, os valores que contam, os centros de interesse, as linhas de pensamento, as fontes inspiradoras e os modelos de vida da humanidade, que se apresentam em contraste com a Palavra de Deus e com o desígnio da salvação” .
Queridos líderes, aqui está a base da nossa missão evangelizadora. Vocês percebem que nós, com nossa presença junto às famílias, procuramos modificar os seus valores que estão em contraste com a Palavra de Deus. É interessante notar que Jesus nos disse: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10) E quando as mães não querem amamentar, elas não estão querendo vida em abundância para seus filhos. Aliás, se vocês notarem, em toda a nossa missão pastoral, nós temos a preocupação de mudar os valores das gestantes e mães para que seus filhos tenham vida e vida em abundância. Por isso, trabalhamos para que a gestante aceite bem o seu filho e se prepare bem para o parto, através de um pré-natal de qualidade. Colaboramos também para que os pais proporcionem a seus filhos as oportunidades de desenvolvimento integral e, assim, tenham vida em abundância. Vocês estão percebendo que toda a nossa missão pastoral é uma evangelização? Algumas gestantes e mães têm valores em contraste com a Palavra de Jesus e nós as ajudamos a ter valores segundo as Palavras de Jesus.
É importante também lembrar que nós precisamos contar com a colaboração e a presença dos pais juntos às mães. Celebrando o Dia dos Pais, neste mês, gostaria de dizer a eles que em todos os momentos a presença deles é importante, mas, sobretudo, quando as mães estão amamentando; a companhia e o incentivo são essenciais para animá-las neste momento. Os pais realizam, então, a sua vocação à paternidade, pois estão gerando filhos mais saudáveis e felizes.
Queridos líderes, neste mês, converse com os pais sobre esses assuntos nas visitas domiciliares. Troquem ideias com eles, incentive a presença deles junto às mães, principalmente enquanto elas estiverem amamentando. Vocês verão como estarão contribuindo de maneira muito bonita para a harmonia das famílias. O pai exerce um papel importante para que a criança seja criada num ambiente de amor e fraternidade.
Vocês estão percebendo como é importante a nossa presença junto às famílias? Somos os seus anjos da guarda. Nunca desistam desse papel. Tenham sempre ânimo na sua missão pastoral. O papa Francisco nos diz: “não deixemos que nos roubem a alegria da Evangelização” (Evangelii Gaudium, nº 83). Que o nosso Pai do Céu olhe por todos vocês.
Um abraço bem fraterno e carinhoso a todos os pais e em especial aqueles que já colaboram com a missão de salvar vidas na Pastoral da Criança.
Irmã Vera Lúcia Altoé
Coordenadora Nacional
da Pastoral da Criança