A capacidade criativa favorece a sociedade, novidades que impulsionam as pessoas na convivência e na busca de sentido. O trabalho, sem dúvida, é a ocupação constante para a realização pessoal, sustentabilidade e formação de uma sociedade solidária e fraterna. Uma das forças que move a sociedade são os cristãos leigos e leigas, que atuam voluntariamente no seio da sociedade.
Movidos pela força da sensibilidade humana, riqueza evangélica anunciada por Jesus Cristo, a pessoa que presta um serviço voluntário abre as portas da existência para eliminar, ou pelo menos diminuir, a miséria e as desigualdades sociais. A compaixão de milhões de crianças vivendo no submundo da existência e esquecidas da sua dignidade, vivendo fora dos padrões de higiene, alimentação, educação, fez surgir a Pastoral da Criança. Líderes voluntários, em grande número, que doam seu tempo e seu coração para despertar esperança nos descartados pela sociedade. Os voluntários (as) ensinam as mães a recuperarem a cultura do cuidado e do acolhimento da vida como o maior dom que recebemos gratuitamente de Deus. Eis a essência dos sentimentos do voluntário e da voluntária. O Papa Francisco lembra: “Em qualquer forma de evangelização, o primado é sempre Deus, que quis chamar-nos para cooperar com Ele e impelir-nos com a força do seu Espírito” (EG 12). O(A) voluntário(a) experimenta a beleza da gratuidade, que é liberdade, sensação prazerosa de servir e deixar o amor conduzir. Valor evangélico que equilibra as relações humanas e estanca a violência na família e na sociedade. É pela gratuidade que Deus enviou seu Filho Jesus e deu sua vida pelo preço de seu sangue para o bem de toda a humanidade. Esta é a atitude que o cristão leigo e leiga busca para poder ser discípulo missionário de Jesus Cristo. Por isso, os milhares de agentes de pastorais, respondem com atitudes gratuitas aos serviços e atividades como voluntários e voluntárias.
Dom Frei Severino Clasen, OFM
Bispo Diocesano de Caçador e
Presidente da Comissão Episcopal de Pastoral para o Laicato