Olá, líderes! Neste mês, vamos conversar sobre um assunto de grande interesse para todos. Sempre que conversamos com os líderes ouvimos: estamos com falta de pessoas para atuar na Pastoral da Criança. Ninguém quer fazer trabalho voluntário, etc.
Nesses 30 anos de Pastoral da Criança, quantas pessoas atuam como líderes nas nossas comunidades e quantas deixaram de atuar por uma serie de razões: problemas familiares (doença própria ou de alguém da família; conseguiu um emprego; voltou a estudar; dificuldades de com quem deixar os filhos; desentendimento com algum outro líder ou coordenação e até mesmo com a Igreja; marido que não quer que a esposa saia de casa, etc).
Quando paramos para olhar esses anos passados, percebemos que as dificuldades de hoje talvez sejam as mesmas de antes. Contudo, parece que a forma de apresentar a Pastoral da Criança para as pessoas soava com mais amor e a necessidade da ação estava mais forte do que hoje. Muita coisa melhorou em termos de atendimento à saúde: creches foram criadas; osagentesde saúde surgiram, junto comos Programa de Saúdeda Família (PSF), hoje batizados de outros nomes; e passaram a marcar mais presença nas comunidades. Entretanto, ainda temos muitos problemas a enfrentar e muitas famílias necessitam da atenção da Pastoral da Criança. A Missão da Pastoral da Criança é a promoção humana e isso é evangelizar, através de um serviço pastoral em prol da vida, da esperança, da fé, do amor, da alegria e da paz. A Pastoral da Criança promove a convivência com respeito, solidariedade, valorização das diferenças entre as pessoas e o cuidado com o meio ambiente que nos cerca. Além disso, denuncia a injustiça e a falta de condições dignas de vida para todos, colaborando, assim, com a luta da comunidade para que todos tenham vida e vida em abundância.
Nesse contexto, devemos nos perguntar: como estamos apresentando a Pastoral da Criança para as pessoas quando as convidamos para serem líderes? O que estamos fazendo para mantermos e fortalecermos os líderes que estão desanimados? Será que não estamos colocando sobre eles as nossas aflições, por não conseguirmos os resultados que esperávamos, estamos esquecendo os êxitos alcançados? Por exemplo: quando conseguimos que uma criança de baixo peso alcance o peso adequado levando informações à família; quando um atendimento da Unidade Básica se torna mais humanizado por termos ido conversar com a autoridade sanitária; quando conseguimos que uma creche seja instalada na comunidade, ou uma família consiga colocação de trabalho ou melhoria nas condições de vida, tudo isso são conquistas que devem ser celebradas. Nossas vitorias é que devem ser colocadas em primeiro lugar quando falamos da nossa missão como discípulos missionários de Jesus Cristo. Quanto às dificuldades, devemos sentar e conversar com todos da comunidade, pois alguém pode ter uma solução para aquilo que achávamos impossível.
Será que aquele líder que se afastou da Pastoral da Criança não tem vontade de retornar à caminhada? Já o convidamos a retornar ao nosso convívio? Será que se nós conversássemos e mostrássemos o quão valorosa é a companhia e presença dele no nosso caminhar, ele não conseguiria um tempinho para voltar a ser líder? Dizem que aquele que é "picado" pela Pastoral da Criança jamais se afasta totalmente. E com os líderes que temos atualmente... Será que nosso relacionamento entre líderes está sendo caridoso? De partilha e compreensão?
Depois dessas reflexões, que tal elaborarmos um mutirão em busca de antigos líderes? Para isso, vamos nos organizar com a coordenação de ramo e setor. Se for necessário, levantar os nomes e endereços dos líderes que deixaram de atuar nas nossas comunidades, visitá-los e marcar um dia de encontro com eles e reavivar a paixão pelo nosso trabalho.
Depois disso, que tal fazermos também um mutirão em busca de novos líderes, mostrando às pessoas o quão belo e nobre é o trabalho do líder da Pastoral da Criança.Vocês já pensaram em convidar as mães e avós de famílias acompanhadas? Quantas líderes e coordenadoras de ramo e setor foram mães acompanhadas que se apaixonaram pela Pastoral da Criança e após serem líderes se tornaram coordenadoras!
Muita gente até pensa em convidar novas pessoas para a Pastoral da Criança, mas não o faz, porque as vezes pensa que elas não têm vontade ou vão dizer não para o trabalho. Mas muitas pessoas estão apenas esperando o convite para aderirem à ação. Outras formas de valorizar esse convite:
1 - O convite para participar da Pastoral da Criança deve ser feito com muito entusiasmo;
2 - A acolhida deve ser calorosa e animadora;
3 - Apresentar uma Casa Aberta, com fotos, dados e alguns números em nível local (paróquia e setor) do sistema de informação da Pastoral da Criança também é muito importante;
4 - Mostrar o filme "Festa da Vida" é outra forma de motivação;
5 - Convidar as pessoas para fazer visita domiciliar com um líder;
6 - Convidar para participar de uma Celebração da Vida em uma comunidade;
7 - Entregar alguns materiais educativos, como: colher medida e santinho do soro caseiro, os Dez mandamentos
Lembre-se: o sorriso e a alegria da pessoa que está acolhendo o outro é sempre sinal de conquista! Até o próximo mês.
Thereza Kaiser Baptista
Assistente Técnica da Pastoral da Criança