Estimado(a) líder:
Como você tem passado? E a sua família? Como estão as famílias que você acompanha? Como está o seu entusiasmo com o trabalho missionário da pastoral? Tenho certeza que tem sido muito gratificante a sua presença junto às famílias de sua comunidade. Sei da sua batalha e da sua determinação para a missão para a qual o Senhor chamou, capacitou e o(a) enviou. Não gostaria que você desanimasse, porque as famílias precisam de você. Se você desistir, pode acontecer que ninguém tenha condições de continuar esta bela missão. E será muito triste que as famílias fiquem sem a presença da Pastoral da Criança junto a elas.
Chegamos ao mês de maio e neste mês comemoramos o Dia das Mães. Para nós, da Pastoral da Criança, é um mês especial, porque elas são o motivo de nossa existência. Na verdade, estimada líder: se você é mãe, com toda a certeza, trata os filhos das mães acompanhadas como seus filhos. Você tem para com eles o mesmo carinho e as mesmas preocupações pelo seu desenvolvimento. Isto é muito bonito de ver na Pastoral da Criança. Deus deve ficar muito feliz de ver os seus filhos serem tratados com todo o respeito e amor. Que Deus abençoe muito você, líder, que também é mãe.
Neste mês, eu gostaria de conversar com você não só sobre a dignidade de ser mãe, que é muito bonita, mas também gostaria de chamar a sua atenção para aquelas mães que sabem sentar-se no chão, bem na altura de seus filhos, e dedicam o seu tempo brincando com eles. Você já sabe que brincar faz parte da infância e, embora pareça só diversão, é o momento em que a criança está se desenvolvendo. Sabemos que criança sempre procura um jeito de brincar. Hoje em dia, a longa jornada de trabalho da mãe e do pai, a violência, principalmente nas grandes cidades, a falta de saneamento e limpeza das ruas e as novas tecnologias, afetaram o modo de brincar das crianças. Sem poder ir para a rua, elas ficam muito tempo dentro de casa, em um espaço limitado e convivendo com poucas crianças também. As crianças de hoje, que moram em cidades grandes, têm pouco contato com a natureza. É ao ar livre que a criança tem momentos de participação ativa, nos quais ela tem oportunidade de tomar iniciativa, subir em árvores, pular obstáculos, pisar na terra e brincar com água. Brincando juntas, as crianças podem vivenciar diferenças de todo tipo. Cada criança pode compreender seu lugar no grupo, perceber suas habilidades, sua força, seus limites e também os das outras crianças. A inexistência de espaços faz com que as crianças fiquem privadas de situações de vida ricas e estimulantes, que promovem seu desenvolvimento. Daí a importância das mães disporem de tempo para brincar com seus filhos em casa ou, se possível, junto com as outras crianças de sua comunidade. Algumas vezes, no Dia da Celebração da Vida, seria interessante que as mães fossem incentivadas a participar das brincadeiras de seus filhos com as outras crianças, construindo laços de amizade com as outras mães e com toda a comunidade. Com isso, quem sabe, elas ocupariam um pouco de seu tempo, em suas próprias casas, brincando com seus filhos.
Neste mês de maio, vamos valorizar as mães que agem dessa forma e vamos incentivar as que não o fazem, para que comecem com esta prática. Elas vão perceber como será altamente educativa esta sua presença junto com seus filhos. Estou aqui pensando: como será que Maria, Mãe de Jesus, brincava com seu filho, Jesus? Quem sabe podemos deixar nossa criatividade fluir, já que estamos falando de como as mães precisam brincar com seus filhos. Assim, como falamos que o leite materno é rico em nutrientes, fortalece os laços afetivos, gera confiança, amor, também o ato de brincar contribui para o desenvolvimento mais harmonioso e saudável das crianças. Desejo a todos vocês, mães, mulheres guerreiras que protegem a vida, criam e cuidam dos seus filhos um feliz Dia das Mães. Parabéns!