As atividades básicas da Pastoral da Criança correspondem a uma série de políticas públicas na área da saúde, voltadas à defesa e à promoção da qualidade de vida das gestantes, mães e crianças que vivem na faixa da pobreza. No desempenhode atividades prioritárias, as coordenadoras e lideranças da Pastoral da Criança cultivam a espiritualidade cristã, servindo com espírito de solidariedade fraterna.
A atitude fundamental das lideranças da Pastoral da Criança é marcar presença junto às famílias, constantemente visitadas. As famílias em situação de pobreza têm grande carência de afeto. Elas precisam sentir-se seguras, amadas, fortalecidas no seu relacionamento familiar. Hoje, nos deparamos com arranjos familiares diferentes, comparados ao modelo referencial de tempos atrás. O homem trabalhava para sustentar o lar e a mulher cuidava dos filhos e da casa. Hoje, a luta pela sobrevivência obriga marido e mulher a irem à luta, deixando algum lho com avó, vizinha ou em creche. Dicilmente a família pobre consegue se sustentar com o ganho do homem da casa. A vida moderna apresenta outros fatores que descaracterizaram o antigo modelo de família. Raramente os membros da família se encontram em rodas de conversa, tão oportunas e enriquecedoras.
Muitos casais se juntam e se separam com facilidade, desfazendo o lar, tentando refazer a vida com outra pessoa. As uniões consensuais duram algum tempo e os lhos se espalham por aí, sem maiores perspectivas. As novelas e seriados da TV brasileira mostram essa realidade e outras situações dramáticas pelas quais também nós passamos. A verdade é que o mundo mudou, a vida mudou. Mudou o modo de pensar, de agir, de se relacionar. Nós mudamos o modo de enfrentar os conitos de interesse, inevitáveis. Hoje, a vida é ameaçada pela violência e pela droga. Muitos adolescentes, jovens e adultos não se prepararam e por isso não conseguem ocupação e renda para sustentar a família. Mas, pense bem! De nada adianta lamentar e criticar de forma negativa o jeito como a vida está e como vai o mundo, de cabeça pra baixo.
É preciso a força e a coragem que só Deus dá, buscando e fazendo parte das soluções, tentando superar os conitos, sentindo-se útil e prestativo para servir as pessoas com compaixão e humildade. Isso é o que Jesus fez e faria no nosso lugar! Imbuídos do espírito humanitário e cristão procuremos nos sentir úteis diante de situações negativas. Adaptemos os gestos de Jesus às circunstâncias que enfrentamos. A desagregação da família é fato. Porém, não generalizemos. Levemos amor, compaixão, misericórdia, evitando que as pessoas cedam aos desejos de vingança violência, rancor. Muita gente sofre com a consequência de erros passados, mas aprende com eles. Cabe-nos acolher os que mais sofrem passando-lhes o sentimento cristão de ânimo, construindo ambientes de fé, esperança, amor. A amizade sadia é um incentivo para respeitar as pessoas a superar sua dor e encontrar em Deus, na família e no trabalho honrado o sentido maior para a sua vida. Peçamos a Deus a graça de servir com alegria!