Disse Deus ao profeta Jeremias: “Antes de formar você no ventre de sua mãe eu o conheci: antes que você fosse dado à luz eu o consagrei, para fazer de você profeta das nações”. (Jr. 1,4-5).
Somos amados por Deus bem antes de nascermos. Desde a concepção, somos preciosos aos olhos do Senhor. Ele nos ama com amor infinito e sem falha.
Já desde o ventre materno, a criança sente as alegrias e os sofrimentos da mãe. Além da alimentação que recebe, através do cordão umbilical, ela participa também da vida emocional daquela que a carrega na barriga.
A mãe tem um papel fundamental desde o iníco da vida da criança. Tudo o que ela sente já é percebido inconscientemente por ela e determina o futuro da vida que vai nascer.
A primeira atitude da mulher grávida deve ser de acolhida. Conheci jovens que nunca se sentiram desejados. Foram simplesmente concebidos, sem ser queridos e isso os marcou profundamente.
Sem amor ninguém encontra a felicidade. É pelo amor que a vida vale a pena ser vivida.
Sem amor ninguém consegue viver e a falta dele facilmente leva à marginalidade.
O amor da mãe é importante para o bom crescimento da criança desde a concepção. Vidas nascidas de uma aventura passageira e não desejadas só trazem infelicidade e comprometem o equilíbrio afetivo, e por que não dizer toda vida de uma pessoa.
Deus nos criou para o amor! É pelo amor que somos chamados a transmitir a vida. A banalização da relação sexual não condiz com o projeto do Criador.
A mãe grávida precisa receber muita atenção, carinho e dedicação.
O corpo dela carrega uma vida nova que merece todo cuidado. O esposo e companheiro da mulher deve participar ativamente na educação da vida que vai nascer, dando-lhe todo o afeto que merece.
Com Isabel, prima de Maria, podemos exclamar “Você é bendita entre as mulheres, e é bendito o fruto do seu ventre” (Lc.1,42)
Parabenizo a Pastoral da Criança que não só cuida da vida das crianças, mas também das mães.
Dom Eugênio Rixen
Bispo de Goiás