O Papa Francisco enviou uma mensagem à Conferência Episcopal Argentina por ocasião de sua 105ª assembleia plenária.
Francisco saúda os bispos e pede desculpas por não poder participar do encontro devido a compromissos assumidos recentemente. "Estou espiritualmente unido a vocês e peço ao Senhor para acompanhá-los nesses dias", ressalta na nota.
"Desejo que o trabalho da assembleia tenha como referência o Documento de Aparecida. Nele estão contidas as orientações de que precisamos para este momento da história. Peço-lhes que tenham uma preocupação especial para com o crescimento da missão continental e seus dois aspectos: missão programática e missão paradigmática. Que toda a pastoral seja em chave missionária. Devemos sair de nós mesmos e ir para as periferias existenciais e crescer na parresía" (audácia de anunciar com coragem o Evangelho, ndr).
O Papa sublinha ainda que uma Igreja que não sai, mais cedo ou mais tarde adoece na atmosfera viciada de seu confinamento. Também é verdade que uma Igreja que sai pode se acidentar. "Diante disso, quero lhes dizer francamente que prefiro mil vezes uma Igreja acidentada que uma Igreja doente", frisa o pontífice na mensagem.
"A enfermidade típica da Igreja confinada é o auto-referencial, que olha para si mesma. É uma espécie de narcisismo que nos leva ao mundanismo espiritual e ao clericalismo sofisticado, e nos impede de experimentar a doce reconfortante alegria de evangelizar", conclui o Papa.
O Papa pede a Nossa Senhora para que acompanhe o trabalho dos bispos. (MJ)