O mês das festas juninas se presta ainda mais a valorização das ações básicas da Pastoral da Criança: quanto mais cedo começar o tratamento, mais fácil é a cura. É o que recomenda o calendário do mês de Junho. Há curas que dependem da alimentação saudável e nutritiva e, nesse sentido, tudo o que é feito com milho é bom, é gostoso e faz muito bem para a saúde. Diz o ditado que “o peixe morre pela boca”. O sentido do ditado é que a gente come coisas que fazem mal. As propagandas fazem a cabeça da gente e das nossas crianças que, logo se viciam em comer porcarias, fora de hora. Muitas crianças não comem comida de panela e ficam se enchendo de coisinhas que não nutrem, antes, viciam.
Um dos problemas mais gritantes que nós enfrentamos na Pastoral da Criança é a obesidade infantil e de adultos. Em nossas visitas familiares e no Dia da Celebração da Vida insistamos junto às mães e gestantes, sobre a distinção entre alimentação e nutrição. Faz toda a diferença ter acesso aos alimentos nutritivos ou se alimentar com embutidos e saturados. O bom exemplo das mães é fundamental para que os filhos não adotem e depois se viciem em um comportamento alimentar errado e irreversível.
Nunca é demais chamar a atenção das agentes da Pastoral, mães e gestantes para as 8 metas do milênio, das quais 4 são abraçadas pela Pastoral da Criança, visando a melhoria de vida em abundância. 1. A redução da mortalidade infantil; 2. A melhoria da saúde materna; 3. O combate às epidemias e doenças; 4. A garantia da sustentabilidade ambiental. Com nossas ações básicas, de 1980 a 2010, houve um decréscimo de 71,23% nos óbitos de crianças nascidas vivas, além da melhoria na saúde maternal graças às práticas caseiras assumidas pelas gestantes e pelas mães de crianças, de 0 a 6 anos.
O carisma e a missão legada por Deus à nossa fundadora, Dra. Zilda Arns Neumann, médica sanitarista, hoje se revigora no amor entusiasmado com o qual nos dispomos a esclarecer e orientar a muitas gestantes e mães que devem reaprender a viver a vida saudável a partir da boa alimentação e da superação de males evitáveis. Não demos esse fato por descontado. Muitas gestantes, sobretudo adolescentes e jovens, pertencem à era do artificial e do descartável.
Dom Aldo Di Cillo Pagotto