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Foto: Arquivo da Pastoral da Criança

Uma batatinha pode ser assada, fazer parte de uma sopa e também virar um purê. As opções são muitas e não devem resumir-se ao primeiro pensamento. O que é comum, entretanto, é ver a casca da batata virar lixo, o que não deveria ser regra. Se bem lavada, é possível transformá-la em um suculento petisco. Se essa não for a opção, ela pode ainda fazer parte do adubo orgânico, que servirá para nutrir hortas caseiras.

Por este motivo, nenhuma fruta, legume ou verdura deve ser visto como apenas uma opção de alimento. Todos eles oferecem várias possibilidades. O feijão que sobrou pode transformar-se em uma sopa. Frutas que estão muito maduras podem virar compotas e geleias. Saber aproveitar todos os nutrientes de um alimento pode significar mais saúde para a família e menos gastos para os responsáveis pela casa.

Dra. Zilda

“Como é bom transmitir amor e alegria a todos, o mesmo amor que Jesus demonstra por cada um de nós”.

Papa Francisco

“Não podemos habituar-nos às situação de degradação e miséria que nos rodeiam. Um cristão deve reagir”.

A Pastoral da Criança busca estimular entre as famílias acompanhadas o olhar para o aproveitamento integral dos alimentos. A ação Alimentação Saudável e Hortas Caseiras, por exemplo, procura colaborar para minimizar o gasto da família com alimentos e incentivar o consumo de legumes, frutas e hortaliças para uma alimentação mais diversificada e nutritiva. 

Em Santo Amaro (SP), voluntários da Paróquia Nossa Senhora do Carmo foram capacitados na ação Hortas Caseiras no mês de maio, e agora podem indicar com mais propriedade técnicas de proveito dos alimentos. “Foi um momento de espiritualidade celebrar o cozimento dos alimentos para melhor aproveitamento de todos os ingredientes”, contou a coordenadora da Pastoral da Criança da Paróquia, Aline Cristina de Almeida Freitas.

A ideia vai ao encontro do que orienta o Ministério da Saúde, através do Guia Alimentar para a População Brasileira, que pretende promover a saúde e a boa alimentação, combatendo a desnutrição e a obesidade no país. 

Nova realidade

Uma história da ação mostra a importância de se tratar sobre o tema. Em 2011, ao visitar uma comunidade de Sítio Alto em Simão Dias, diocese de Estância, Sergipe, Irmã Fausta – na época coordenadora estadual, ouviu uma história que a deixou emocionada. “A coordenadora da comunidade me chamou à parte e perguntou se eu via uma casa bem distante pintada de branco. Respondi que sim”, conta a religiosa. Segundo a Irmã relata, a coordenadora disse que atrás daquela casa tinha um espaço bem grande, cercado e que era chamado de cemitério das crianças, e que “desde que a Pastoral da Criança chegou por lá e começou a atender aquela comunidade, inclusive com as capacitações em Hortas Caseiras e Alimentação Saudável, ali naquele cemitério nunca mais foi enterrada nenhuma criança”.