doacao de leiteCaros líderes: Dedicamos o mês de agosto para promover e reforçar os benefícios do aleitamento materno para o desenvolvimento e saúde da criança. O incentivo à amamentação é uma ação permanente na Pastoral da Criança. O tema está presente no Guia do Líder, nas capacitações, nas campanhas e em diversos materiais educativos. Nesta edição, destacamos alguns aspectos relacionados à amamentação que podem envolver a atividade do líder nas comunidades acompanhadas.

Amamentação exclusiva até os seis meses. O leite materno é completo. É o único alimento que o bebê precisa até os seis meses de idade, ou seja, não é preciso oferecer água, suco, chá ou outro tipo de alimento nesse período. A criança que mama no peito está mais protegida contra doenças como a diarreia, pneumonia, resfriados, infecções de ouvido e garganta, bronquite, alergias e muitas outras.

O leite materno deve ser mantido até, pelo menos, os dois anos de idade, mesmo após a introdução de novos alimentos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) e outras entidades científicas confirmam o efeito positivo do aleitamento exclusivo até os primeiros seis meses de vida, assim como sua continuidade até os dois anos ou mais.

Mães trabalhadoras

Mães trabalhadoras que amamentam. A Previdência Social estabelece a licença maternidade de 120 dias. Desde 2010, o Programa Empresa Cidadã prorrogou a licença maternidade de 120 para 180 dias, mediante incentivos fiscais às empresas. Porém, nem todas aderem ou se enquadram no programa, prejudicando as mães que precisam amamentar. Órgãos do governo federal, alguns estados e municípios já concedem a licença de 180 dias para suas servidoras. O poder público, organizações e empresas devem criar condições adequadas para as mulheres amamentarem durante o expediente de trabalho, principalmente nos primeiros seis meses de vida dos bebês.

Introdução de alimentos para crianças amamentadas. Depois dos seis meses, é preciso dar o leite de peito e também outros alimentos. Nem sempre a criança aceita um alimento novo na primeira tentativa. É preciso oferecer o mesmo alimento várias vezes até que ela passe a gostar. Dar para o bebê novos alimentos exige atenção, cuidado e paciência da mãe ou de quem cuida do bebê. De início, os bebês precisam de comidas mais pastosas e macias, pois ainda não sabem mastigar.

Laços de amor

O conjunto de cartelas “Laços de Amor” vai incluir, em breve, mais uma cartela sobre a introdução de alimentos para crianças amamentadas. Com essa orientação e apoio dos líderes, as mães poderão fazer a transição da amentação exclusiva para outros alimentos com mais facilidade e segurança.

Doação para o Banco de Leite. O Ministério da Saúde lançou, no mês de maio de 2013, uma campanha para aumentar a doação de leite materno. O Brasil é um dos países que tem uma rede bem organizada para atender as necessidades de leite materno. Conforme as orientações do Ministério da Saúde, o banco de leite é um espaço vinculado a um hospital materno ou infantil. Seu objetivo é promover o aleitamento materno, realizar a coleta, processamento e controle de qualidade das doações. O leite é destinado a bebês prematuros ou que estejam em UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Em alguns casos, também é oferecido para crianças cujas mães não têm leite suficiente para alimentar seus bebês.

Líder, procure conhecer e verificar o funcionamento do Banco de Leite em sua comunidade ou cidade. Normalmente, são oferecidas todas as orientações e facilidades para a doação. Há falta de leite materno para atender os recém-nascidos em UTI. A doação do leite materno é um ato de amor, de solidariedade, que pode contribuir para salvar a vida de uma criança.

Foto: studio Cl Art