Cólera

A cólera é uma doença infectocontagiosa que acomete o intestino e é causada por uma bactéria chamada “Vibrio cholerae”, com a qual se entra em contato por meio de água ou alimentos contaminados com fezes humanas.

A cólera também pode ser transmitida pela contaminação de pessoa a pessoa, principalmente se ocorre aglomeração de pessoas e superlotação de lugares, dificultando o acesso a água limpa e banheiros adequados. 


Quais são os principais fatores de risco para a cólera?

  • Condições precárias de saneamento básico;
  • Consumo de água sem tratamento adequado;
  • Condições precárias de higiene pessoal;
  • Consumo de alimentos sem higienização ou manipulação adequadas;
  • Consumo de peixes e mariscos crus ou mal cozidos.

Quais os sintomas mais comuns da cólera?

As pessoas sintomáticas podem apresentar quadros com diferentes graus de intensidade e geralmente com início de 2 a 3 dias após a infecção.

Sempre estão presentes:

  • diarréia líquida, com cor acinzentada (tipo “água de arroz”), sem sangue ou pus;
  • vômitos;

Também podem ocorrer dor abdominal e, nas formas severas, câimbras, desidratação grave, baixa da pressão arterial e choque, o que pode levar à morte se não tratado de forma rápida.


Como confirmar que a pessoa está com cólera?

A cólera pode ser diagnosticada por meio de exame de fezes, mas em situações de surto não é necessário, bastando o exame clínico do médico.


Qual é o tratamento?

O tratamento consiste na rápida reidratação, por meio do consumo de líquidos e de solução de sais de reidratação oral (SRO), incluindo o soro caseiro ou, em casos mais graves, a administração de líquidos pela veia.

A reposição imediata de fluidos é uma medida simples e efetiva, devendo ser iniciada o quanto antes. Com isso a taxa de mortalidade diminui para 1%.


Como prevenir a cólera?

A ocorrência da cólera é diretamente relacionada às condições inadequadas de saneamento e, portanto, sua prevenção se baseia na adoção de medidas de higiene pessoal e no consumo seguro de água e alimentos:

  • Lavar sempre as mãos com sabão e água limpa principalmente antes de preparar ou ingerir alimentos, após ir ao banheiro, após utilizar conduções públicas ou tocar superfícies que possam estar sujas, após tocar em animais, sempre que voltar da rua, antes e depois de amamentar e trocar fraldas;
  • Lavar e desinfetar as superfícies, utensílios e equipamentos usados na preparação de alimentos;
  • Proteger os alimentos e as áreas da cozinha contra insetos, animais de estimação e outros animais (guarde os alimentos em recipientes fechados);
  • Tratar a água para consumo (após filtrar, ferver ou colocar duas gotas de solução de hipoclorito de sódio a 2,5% para cada litro de água, aguardar por 30 minutos antes de usar);
  • Guardar a água tratada em vasilhas limpas e com tampa, sendo a “boca” estreita para evitar a recontaminação;
  • Não utilizar água de riachos, rios, cacimbas ou poços contaminados para se banhar ou para beber;
  • Evitar o consumo de alimentos crus ou mal cozidos (principalmente os frutos do mar) e alimentos cujas condições higiênicas, de preparo ou acondicionamento, sejam precárias.
  • Ensacar e manter a tampa do lixo sempre fechada; quando não houver coleta de lixo, este deve ser enterrado em local apropriado;
  • Utilizar sempre o vaso sanitário, mas caso não seja possível, enterrar as fezes sempre longe dos cursos de água. Manter distância de pelo menos 200 pés ou 60 metros, escolher locais com vegetação e terra preta ou orgânica, cavar o buraco com aproximadamente 15cm ou 01 palmo de mão de profundidade; evitar solos arenosos ou de barro; colocar uma pedra sobre o buraco tampado).

Importante: Atualmente existe vacina para cólera, contudo, a proteção que oferece é relativa e de curta duração. Nesse sentido, os cuidados acima devem ser priorizados, sempre que possível, incentivar coleta de lixo adequada, realizar filtragem da água e evitar superlotação.


Entenda mais sobre a cólera e como prevenir no vídeo abaixo. 

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