Resultados da 1ª e 2ª fases do EPICOVID19

A Pastoral da Criança teve acesso prévio aos resultados da 1ª e 2ª fases. Compartilhamos abaixo os principais dados encontrados

Total de participantes da 1ª fase (14-21 de maio): 25.025

Total de participantes da 2ª fase (4-7 de junho): 31.165

  • Para as 83 cidades com amostras de 200 ou mais testes em ambas as fases, houve aumento no percentual de pessoas com anticorpos, de 1,9% para 3,1% no período de três semanas.
  • O percentual em nível municipal variou de 0,0% a 25,4% nas duas fases.
  • Onze das 16 cidades com percentual  acima de 2,0% na 1ª fase estavam localizadas em um trecho ao longo do rio Amazonas na região norte; na 2ª fase, havia 34 cidades com percentual acima de 2%, incluindo as mesmas 11 cidades da Amazônia e 14 da região Nordeste, onde a prevalência está aumentando rapidamente.
  • Os percentuais de pessoas com anticorpos foram acentuadamente mais baixos nas regiões Sul e Centro-Oeste e intermediários no Sudeste, onde o nível mais alto foi encontrado no Rio de Janeiro com 7,5% na 2ª fase.
  • Na 2ª fase, o percentual foi semelhante em homens e mulheres, mas foram observados níveis mais altos nos indivíduos de 20 a 59 anos e naqueles que viviam em condições de aglomeração
  • Os povos indígenas apresentaram percentuais de indivíduos com anticorpos de 6,4% em comparação com 1,4% entre os brancos.
  • Na população mais pobre o percentual foi de 3,7% em comparação com 1,7% na população mais rica.

Como conclusão, os pesquisadores colocam que a pandemia é altamente heterogênea, com rápida escalada no norte e nordeste do Brasil e lenta progressão nas regiões sul e centro-oeste. 

Um ponto preocupante que eles levantam é que o percentual de indivíduos com anticorpos entre os indígenas foi quatro vezes maior do que entre os brancos, e entre os mais pobre eram duas vezes mais altos que entre os mais ricos. Isso significa que estas populações são as mais afetadas pela COVID-19.

Diante desta informação, a Pastoral da Criança precisa continuar atuando junto às famílias mais pobres, mesmo de forma virtual, para levar informações de prevenção e cuidado aos que mais precisam.

Mais informações: http://epidemio-ufpel.org.br/uploads/downloads/19c528cc30e4e5a90d9f71e56f8808ec.pdf

 

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