O Brincador e seu papel

Neste texto vamos explicar quem pode ser e como preparar pais, maẽs, avós e outros familiares para serem brincadores. Os coordenadores de Ramo/Paróquia têm papel importante, pois são eles os responsáveis por organizar com vocês, brinquedistas, coordenadores de comunidade e líderes, a divulgação da importância do brincar para conseguir os brincadores, que como ficará explicado a seguir, podem vir de outros locais e o só da comunidade em que irão atuar.

Em seguida, precisam definir as comunidades pelas quais cada brinquedista vai ficar responsável.

De acordo com a realidade de cada local os coordenadores de Ramo, de comunidade e brinquedistas verão o número de comunidades pelas quais cada brinquedista ficará responsável. O próximo passo é combinar em que comunidade será a preparação dos brincadores, a qual é bem simples como verão a seguir.

Quem são os brincadores?

Os brincadores podem ser, entre outras pessoas, adolescentes, jovens, idosos, mães e pais das crianças e os apoios dos líderes. Eles não precisam morar na comunidade, nem ser capacitados no e-Guia da gestação aos 6 anos.

Qual o compromisso que eles assumem?

Os brincadores terão o compromisso de atuar, principalmente, no Dia da Celebração da Vida. Eles serão convidados a atuar também em outros momentos como nas “Ruas do Brincar”, nas oficinas de confecção de brinquedos, mas a prioridade é a atuação deles no Dia da Celebração da Vida.

Quem prepara os brincadores?

O brinquedista prepara as pessoas que quiserem se tornar brincadores.

Eles irão atuar em comunidades próximas a que o brinquedista mora, a fim de que ele possa apoiar, orientar e acompanhar os brincadores.

Os capacitadores e multiplicadores da ação também podem preparar brincadores, mas terão que ver, no Ramo/Paróquia qual brinquedista ficará responsável pelo apoio e acompanhamento desses brincadores.

Como será feita esta preparação?

Os brincadores, apesar de não precisarem fazer a capacitação no e-Guia da gestação aos 6 anos, m que participar da Oficina inicial de brincadores, na qual será explicada a visão do brincar adotada pela Pastoral da Criança e como os brincadores irão atuar. É importante que eles entendam e concordem com essa visão, pois ela tem relação direta com as atitudes que brinquedistas, brincadores e qualquer adulto devem ter frente à brincadeira da criança. Eles devem compreender que são, basicamente, os facilitadores das brincadeiras das crianças.

Essa preparação, que poderá ser feita em uma manhã ou tarde, terá como apoio o Dicas 51 - O brincador e a brincadeira da criança. Acesse aqui o Dicas 51

Depois outras oficinas poderão ser feitas pelo brinquedista, que poderá usar como apoio o e - Brinquedos e Brincadeiras na comunidade, para trabalhar outros temas. 

Como será feito o acompanhamento da atuação dos brincadores?

Cada brinquedista deve observar, no mínimo, uma vez a cada trimestre, a atuação dos brincadores no Dia da Celebração da Vida em cada comunidade pela qual é responsável. Os líderes, que sempre estão presentes no Dia da Celebração da Vida na comunidade onde moram, ajudam os brinquedistas observando mensalmente a atuação dos brincadores.

Requisitos para ser brincador

      • Ter disponibilidade e compromisso para atuar, principalmente, no Dia da Celebração da Vida.
      • Participar da oficina inicial de preparação dos brincadores.

Sugestões para a oficina inicial

O objetivo dessas sugestões é ajudar o brinquedista a fazer a preparação dos brincadores mantendo a metodologia adotada pela Pastoral da Criança, na qual ele foi capacitado. Essa metodologia, por exemplo, privilegia o diálogo para que sejam colocadas a opinião e a experiência dos participantes; usa canções, brincadeiras, danças, relaxamentos, entremeando a leitura do conteúdo a ser estudado e discutido. Essas animações permitem um descanso e depois a retomada de maior atenção dos participantes.

Cada brinquedista poderá ter outras idéias para fazer essa preparação.

O importante é tornar a leitura do Dicas 51 interessante e animada.

Vamos às sugestões:

      • Após a apresentação e a oração inicial, pedir que cada pessoa escreva num pedaço de papel ou diga para o brinquedista anotar: quem escolhe se quer brincar? Ou seja, quem diz quando e como a criança vai brincar? O brinquedista guarda os papéis para usar depois.
      • Para apresentar a Pastoral da Criança seria interessante passar o vídeo Festa da Vida que pode ser emprestado pelo setor ou ramo ou baixado pelo Sistema de Informação no site da Pastoral e depois fazer a leitura dos itens 1, 2 e 3.
      • Antes de ler e conversar sobre as necessidades da criança, item 4, pedir para cada dupla de pessoas desenhar num papel, uma mão. Solicitar que escrevam, em cada dedo da mão, uma necessidade básica da criança para seu desenvolvimento. Em seguida fazer a leitura do item 4 estabelecendo relação com o que as duplas colocaram no desenho da mão, conversando sobre isso.
      • Ao terminar de ler o item 5, pegar os papéis onde escreveram a resposta à pergunta que foi feita no início - Quem escolhe se quer brincar? - e ver o que as pessoas colocaram como resposta. Discutir se houve concordância ou não e conversar sobre isso, pois os brincadores têm que ter bem claro que quem decide se quer e como quer brincar é a criança.
      • Antes de ler e discutir o item 8, pode ser sugerida uma dramatização do Dia da Celebração da Vida em que uma pessoa ficaria como brincador e as outras seriam as crianças. Essa atividade permite que o brinquedista possa ver se foi entendida a visão do brincar adotada pela Pastoral da Criança, o cuidado com a segurança das crianças, mas sem “mandar” na brincadeira delas.

Ver se houve concordância ou não e conversar sobre isso, pois os brincadores têm que entender bem que é a criança quem decide se quer e como quer brincar.

Para terminar:

      • verificar se entenderam qual o papel do brincador e se podem assumir o compromisso de atuar, principalmente, no Dia da Celebração da Vida.
      • explicar o que são as “Ruas do Brincar” e as oficinas de confecção de brinquedos e convidar os brincadores a participar delas para apoiar o brinquedista;
      • o brinquedista responsável pela comunidade vai participar do Dia da Celebração da Vida para orientar a organização dos cantinhos do brincar e o cuidado com a guarda dos brinquedos no final;
      • definir em que comunidade cada brincador vai atuar. É recomendável que sejam preparados, no mínimo, dois brincadores por comunidade, para um apoiar o outro e, no caso de algum ficar impedido de comparecer, o outro estaria presente.
      • verificar se têm alguma dúvida e avaliar se gostaram da oficina.
      • fazer uma oração para abençoar o envio à comunidade onde cada brincador i atuar.

Terminadas as explicações sobre a oficina, vamos ver então, resumidamente, como fica sua atuação e a dos brincadores nas comunidades?

Você, brinquedista, deve morar em uma comunidade e ficar responsável por ela e pelas outras comunidades para as quais vai preparar e acompanhar brincadores.

Esse acompanhamento deve ser feito, no mínimo, uma vez no trimestre. Você ficará agora ligado também à paróquia. Não haverá mais necessidade de ter um brinquedista por comunidade e sim brincadores para atuarem nelas. Os brincadores vão atuar nas comunidades, principalmente, no Dia da Celebração da Vida, e não precisam morar em uma, podem vir também de outros lugares.

Você brinquedista, está animado a assumir o compromisso de defender e promover a brincadeira das crianças na sua e outras comunidades próximas a ela?

Esperamos que sim!

Queremos que saibam que todos nós nos envolvemos na “Ação Brinquedos e Brincadeiras” na Pastoral da Criança – brinquedistas, brincadores, capacitadores, multiplicadores, coordenadores, líderes- cada qual à sua maneira, estamos unidos no sonho e na esperança de tornar realidade a citação de Zacarias:

“As praças da cidade estarão cheias de meninos e meninas a brincar pelas ruas”. ZC 8,5


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