Perguntas e respostas

Grávidas, mulheres no pós-parto e que amamentam correm mais riscos?

Sim. De acordo com o Ministério da Saúde, as mulheres grávidas, no pós-parto e que amamentam são consideradas grupos de risco, devido ao maior risco de complicações quando infectadas pelo coronavírus. Em março de 2021 o Ministério da Saúde publicou uma nota técnica com recomendações sobre a administração de vacinas para a prevenção da COVID-19 nesta população. 

Saiba mais:

Manual de Recomendações para a Assistência À Gestante e Puérpera frente à Pandemia de Covid-19

MS publica orientações para vacinação de gestantes, puérperas e lactantes


Gestantes infectadas podem transmitir o coronavírus para o feto?

Segundo a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, como este é um novo vírus, estamos apenas começando a aprender sobre ele. Não podemos afastar a possibilidade que ocorra a transmissão do vírus para o bebê, mas a grande maioria dos estudos não encontrou o vírus no líquido amniótico ou no leite.

Saiba mais:

febrasgo.org.br/images/SOGIMIG-COVID19.pdf

https://www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019/question-and-answers-hub/q-a-detail/q-a-on-covid-19-pregnancy-and-childbirth

https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2020/02/28/gestantes-podem-transmitir-o-coronavirus-para-o-feto-e-durante-o-parto.ghtml

 

O feto pode sofrer problemas de má formação quando a mãe está infectada com o coronavírus?

Segundo a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, para os casos leves de COVID-19, até o presente momento, não se identificou aumento das taxas de abortamentos, malformações ou outras complicações para o bebê. Contudo, nos casos graves, especialmente nas gestantes que desenvolvem pneumonia séria, estudos sugerem aumentar a chance de complicações na gestação, tais como abortamento, parto prematuro e pré-eclâmpsia.

Saiba mais:

https://www.febrasgo.org.br/images/SOGIMIG-COVID19.pdf

 

As mães que amamentam e tem diagnóstico confirmado de coronavírus, podem continuar amamentando?

Sim. Segundo nota da Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda-se que as mães continuem a amamentação. O leite materno tem o potencial de transmitir anticorpos maternos protetores ao bebê. Neste sentido é preciso seguir alguns cuidados para evitar a transmissão, como a lavagem correta das mãos antes de pegar o bebê e o uso de uma máscara durante a amamentação.
No caso da mãe não se sentir à vontade para amamentar diretamente a criança, ela poderá extrair o seu leite manualmente ou usar bombas de extração láctea (com higiene adequada) e um cuidador saudável poderá oferecer o leite ao bebê por copinho, xícara ou colher (desde que esse cuidador conheça a técnica correta de uso desses utensílios).

Importante seguir as orientações fornecidas pelo profissional de saúde.

Saiba mais:

https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/22467f-NA_-_AleitMat_tempos_COVID-19-_na_matern_e_apos_alta.pdf

https://www.febrasgo.org.br/pt/noticias/item/949-notula-complementar-sobre-covid-19-e-aleitamento-materno

 

O vírus que causa a COVID-19 pode ser transmitido pelo ar?

A Organização Mundial da Saúde (OMS), no início de julho, reconheceu que há evidências surgindo da transmissão do coronavírus pelo ar, mas que estas ainda não são definitivas. De acordo com Benedetta Allegranzi, principal autoridade técnica de prevenção em controle de infecções da OMS, "...a possibilidade de transmissão pelo ar em locais públicos, especialmente em condições muito específicas, locais cheios, fechados, mal ventilados que foram descritos, não pode ser descartada... entretanto, os indícios precisam ser reunidos e interpretados, e continuamos a apoiar isso." A OMS se baseou em uma carta aberta elaborada por um grupo de 239 cientistas a qual alerta que partículas do novo coronavírus suspensas no ar podem infectar pessoas, sendo o risco maior em ambientes fechados.

Saiba mais:

https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2020-07/oms-reconhece-evidencias-sobre-transmissao-da-covid-19-pelo-ar

https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2020/07/07/oms-reconhece-surgimento-de-evidencias-sobre-transmissao-da-covid-19-pelo-ar.ghtml

https://www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019


Se opcional, preciso continuar usando máscara para me proteger?

Apesar de no Brasil a obrigatoriedade do uso de máscaras ter começado a ser revogada em alguns estados, os especialistas ainda defendem o uso. De acordo com o Ministério da Saúde, o uso de máscara pode ajudar na prevenção, porque também ajuda como barreira na propagação da doença, protegendo você e outras pessoas ao seu redor. Incentiva o uso de máscaras simples, desde que consideradas algumas especificações como por exemplo, que tenha pelo menos duas camadas de pano, ou seja, dupla face. Lembra que a máscara é individual e deve ser higienizada corretamente para garantir sua eficiência. 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) também está incentivando os países que emitem recomendações para o uso de máscaras em pessoas sem sintomas da Covid-19 e está colaborando com pesquisas para entender melhor a eficácia e eficiência das máscaras não cirúrgicas, chamadas de caseiras. Reforça que as máscaras cirúrgicas e respiradores, como N95, devem ser priorizadas para profissionais de saúde.

Importante: De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), crianças menores de 2 anos não devem usar máscaras devido ao risco de sufocamento. Esta mesma recomendação é dada pelo Center for Diseases Control and Prevention (CDC) dos Estados Unidos.

Saiba mais:

https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=6138:covid-19-oms-atualiza-guia-com-recomendacoes-sobre-uso-de-mascaras&Itemid=812 

https://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/46645-mascaras-caseiras-podem-ajudar-na-prevencao-contra-o-coronavirus 

http://portal.anvisa.gov.br/documents/219201/4340788/NT+M%C3%A1scaras.pdf/bf430184-8550-42cb-a975-1d5e1c5a10f7

https://infectologia.org.br/wp-content/uploads/2022/03/recomendacaoes-sobre-o-uso-de-mascaras-no-atual-cenario-epidemiologico-quem-quando-e-qual-mascara-utilizar-21-03-22.pdf


Antibióticos são eficazes na prevenção ou tratamento da COVID-19?

Não. De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), os antibióticos não funcionam contra vírus, eles funcionam apenas em infecções bacterianas. A COVID-19 é causado por um vírus, portanto os antibióticos não funcionam. Antibióticos não devem ser usados ​​como um meio de prevenção ou tratamento de Covid-19.

Saiba mais:

https://portal.fiocruz.br/pergunta/antibioticos-sao-eficazes-na-prevencao-ou-tratamento-do-covid-19


O que é a dose de reforço?

O reforço vacinal é feito para quem já tomou as duas doses da vacina e teve o efeito imunológico esperado. O reforço funciona como uma manutenção imunológica.

Saiba mais em: 

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2021-1/dezembro/ministerio-da-saude-antecipa-de-cinco-para-quatro-meses-a-aplicacao-da-dose-de-reforco

 

Chá de abacate com hortelã, mel, uísque ou outras substâncias previnem a infecção pelo coronavírus?

Não. De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), até o momento, não há nenhum medicamento, substância, vitamina (como vitamina D), alimento específico ou vacina que possa prevenir a infecção pelo novo coronavírus.

Saiba mais:

https://portal.fiocruz.br/coronavirus-perguntas-e-respostas

 

Animais de estimação podem transmitir o novo coronavírus?

Houve casos de animais de pacientes com COVID-19 infectados com a doença. Como órgão intergovernamental responsável por melhorar a saúde animal no mundo, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) vem desenvolvendo orientações técnicas sobre tópicos especializados relacionados à saúde animal, dedicados a serviços veterinários e especialistas técnicos (incluindo testes e quarentena).

  • Existe a possibilidade de alguns animais serem infectados pelo contato próximo com seres humanos infectados. Ainda são necessárias mais evidências para entender se animais podem espalhar a doença.
  • Com base nas evidências atuais, a transmissão de humano para humano continua sendo o principal fator.
  • Ainda é muito cedo para dizer se os gatos podem ser o hospedeiro intermediário na transmissão da COVID-19.

Saiba mais:

https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=6101:covid19&Itemid=875#risco


Quanto tempo o novo coronavírus vive em uma superfície ou no ar?

Segundo a Organização Panamericana de Saúde (OPAS), o mais importante a se saber sobre a presença de coronavírus em superfícies é que elas podem ser facilmente limpas com desinfetantes domésticos comuns, que matam o vírus. Estudos demonstraram que o vírus da COVID-19 pode sobreviver por até 72 horas em plástico e aço inoxidável, menos de 4 horas em cobre e menos de 24 horas em papelão. Como sempre, limpe suas mãos com um higienizador à base de álcool ou lave-as com água e sabão. Evite tocar nos olhos, na boca ou no nariz.

Saiba mais: 

https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=6101:covid19&Itemid=875#superficies

 

O ibuprofeno é recomendado para tratar a Covid-19?

Inicialmente, ainda em março de 2020, o Ministério da Saúde (MS) não recomendava o uso de ibuprofeno e outros anti-inflamtatórios não esteroidal (AINE) para pessoas com sintomas do novo coronavírus. Após atualização das informações pela Organização Mundial da Saúde relacionada a falta de evidências e incertezas quanto ao uso do ibuprofeno, o MS voltou atrás quanto a não recomendação, mas reforça que o uso preferencial deve ser de medicamentos a base de dipirona e paracetamol em caso de febre e dor. Também ressalta que pacientes que fazem uso continuado de ibuprofeno não devem interromper o tratamento sem que haja recomendação médica para isso.

Saiba mais:

https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2020-03/ministerio-da-saude-desaconselha-ibuprofeno-para-tratar-covid-19

 

O medicamento Tamiflu pode ser usado para tratamento de infecção pelo coronavírus?

Não. Segundo a Sociedade Brasileira de Infectologia, este medicamento somente está indicado para tratamento e prevenção de infecção pelo vírus influenza.

Saiba mais: 

https://www.infectologia.org.br/admin/zcloud/125/2020/05/97a9b85bc883622481e642a4714063027e35084002b20f7c48851d05bc3e20e4.pdf

 

Tomei a vacina contra a gripe. Estou protegido contra o coronavírus?

Não. Segundo a Sociedade Brasileira de Infectologia a vacina da gripe protege somente contra o vírus influenza.Esta vacina distribuída na rede pública é a vacina trivalente, que possui os dois tipos da Influenza A (H1N1 e o H3N2) e um vírus da Influenza B.

Saiba mais:

https://www.infectologia.org.br/admin/zcloud/125/2020/03/a10bbe8ddf9cde769147d60d71b6167070428492465e82ee96bdf67f8d20a011.pdf


Fazer álcool em gel em casa é seguro?

Não. Segundo Conselho Federal de Química a produção caseira do álcool em gel é arriscada e contraria a legislação brasileira. Há várias receitas caseiras na internet para produção de álcool em gel a partir do álcool líquido concentrado. O uso do álcool líquido em elevadas concentrações aumenta o risco de acidentes que podem provocar incêndios, queimaduras de grau elevado e irritação da pele e mucosas. Além disso, a depender do que se utiliza como espessante, ao invés de eliminar microrganismos pode-se potencializar sua proliferação.

Segundo a Organização Panamericana de Saúde e a Organização Mundial da Saúde também reforçam que não divulgaram receita de gel para fazer em casa. Esse processo de produção caseira pode, inclusive, ser prejudicial à saúde. A recomendação da OPAS e da OMS é lavar as mãos com água e sabão ou higienizador à base de álcool. Tanto álcool em gel quanto água e sabão são eficazes para matar vírus que podem estar nas mãos ou outra parte do corpo.

Saiba mais:

http://cfq.org.br/noticia/nota-oficial-esclarecimentos-sobre-alcool-gel-caseiro-higienizacao-de-eletronicos-e-outros/

https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=6101:covid19&Itemid=875#caseiro

 

Posso pegar COVID-19 de fezes de alguém com a doença?

Embora investigações iniciais sugiram que o vírus possa estar presente nas fezes em alguns casos, até o momento não houve relatos de transmissão fecal-oral da COVID-19. Além disso, não há evidências até o momento sobre a sobrevivência do vírus da COVID-19 em água ou esgoto.

Saiba mais: 

https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=6101:covid19&Itemid=875#fezes


Pode ocorrer reinfecção?

A reinfecção ou 2ª infecção é rara. A grande maioria das pessoas que tiveram infecção assintomática ou a doença COVID provavelmente estarão imunes por, pelo menos, 10 meses, duração da pandemia até aqui. Estudos em andamento e estudos futuros responderão por quanto tempo o paciente ficará imune com mais precisão.

Saiba mais:
Sociedade Brasileira de Infectologia divulga conteúdo atualizado sobre o novo coronavírus

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