TRATAMENTO

Como é feito o tratamento da pessoa infectada com coronavírus?

Não existe tratamento específico para infecções causadas por coronavírus humano. No caso do coronavírus é indicado repouso e consumo de bastante água, além de algumas medidas adotadas para aliviar os sintomas, conforme cada caso, como por exemplo:

  • Uso de alguns medicamentos para dor e febre (antitérmicos e analgésicos).

  • Uso de umidificador no quarto ou tomar banho quente para auxiliar no alívio da dor de garganta e da tosse.

Assim que os primeiros sintomas surgirem, é fundamental procurar ajuda médica imediata para confirmar diagnóstico e receber orientações.

Todos os pacientes que receberem alta durante os primeiros sete dias do início do quadro (qualquer sintoma, independente de febre), devem ser alertados para a possibilidade de piora tardia do quadro clínico e sinais de alerta de complicações como: aparecimento de febre (podendo haver casos iniciais sem febre), elevação ou reaparecimento de febre ou sinais respiratórios, taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos), dor pleurítica (dor no peito), fadiga (cansaço) e dispnéia (falta de ar).

Importante: Inicialmente, ainda em março de 2020, o Ministério da Saúde (MS) não recomendava o uso de ibuprofeno e outros anti-inflamatórios não esteroidal (AINE) para pessoas com sintomas do novo coronavírus. Após atualização das informações pela Organização Mundial da Saúde relacionada a falta de evidências e incertezas quanto ao uso do ibuprofeno, o MS voltou atrás quanto a não recomendação, mas reforça que o uso preferencial deve ser de medicamentos a base de dipirona e paracetamol em caso de febre e dor. Também ressalta que pacientes que fazem uso continuado de ibuprofeno não devem interromper o tratamento sem que haja recomendação médica para isso.

 

Ainda não há comprovação científica da eficácia de medicamento a base de cloroquina ou hidroxicloroquina para a COVID-19. Por isso, evite a automedicação.

 
Alerta da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI)
 

A SBI não indica tratamento farmacológico precoce para covid (nem com cloroquina, nem hidroxicloroquina, nem ivermectina, nem azitromicina, nem nitazoxanida, nem corticoide, nem zinco, nem vitaminas, nem anticoagulante, nem ozônio por via retal, nem dióxido de cloro) porque infelizmente os estudos clínicos randomizados com grupo controle existentes até o momento não mostraram benefício e alguns destes medicamentos podem causar efeitos colaterais.

Na fase inicial, medicamentos sintomáticos, como analgésicos e antitérmicos, como paracetamol e/ou dipirona, podem ser usados para pacientes que apresentam dor e/ou febre.

Ao se detectar pneumonia com hipóxia (geralmente com 50% ou mais de comprometimento pulmonar), o tratamento hospitalar com oxigenioterapia, dexametasona (corticoide) e heparina (anticoagulante) fará com que a maioria dos pacientes evoluam bem e sem necessidade de respirador na UTI.

Se as medidas anteriores não forem suficientes, avaliação para estudos clínicos com remdesivir (antiviral aprovado para uso para covid nos EUA e Europa) com ou sem tocilizumabe (anti-inflamatório potente, inibidor de interleucina-6) poderá ser feito pela equipe médica.

Saiba mais: Sociedade Brasileira de Infectologia divulga conteúdo atualizado sobre o novo coronavírus

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