Alguns fatores principais são responsáveis pelo nascimento de bebês de baixo peso, aqueles que nascem com menos de 2500g e no tempo adequado de gestação. Dentre eles podemos citar a fome materna, a pressão alta, diabetes, anemia, infecções na gestante, o uso de cigarro e drogas durante a gestação, a mulher ter filhos depois dos 28 anos de idade e programar cesariana sem necessidade.
Há muito tempo se sabe que as mães que passam fome podem ter bebês com baixo peso. Mas, ainda falta comida no Brasil? Há mães que passam fome? Embora o Brasil produza muito mais comida do que os brasileiros precisam, algumas famílias ainda não têm o suficiente para comer. No entanto, cada vez há mais pessoas que passam fome para emagrecer ou por terem medo de engordar. E, se esta fome acontece durante a gestação, o bebê sofre na barriga da mãe.
A solidariedade é o principal meio para enfrentar a fome materna. Gestantes devem ser a prioridade de qualquer comunidade. Sabendo de todas as consequências da fome para o futuro do bebê, temos a convicção de que nos casos da gestante que não tem comida, seus vizinhos ajudarão para que não falte comida para ela durante a gestação.
A dificuldade de acesso à comida ou a tentativa de evitar o ganho de peso na gestação devido a apelos estéticos põem o bebê à falta de nutrientes e preparam o organismo da criança para viver em uma situação de energia restrita, o que pode levá-la ao desenvolvimento de obesidade.
Consciência: a autoimagem da mulher não deve ser superior às necessidades do bebê. As gestantes que souberem das graves consequências de suas ações sobre seu bebê com certeza optarão pela saúde do bebê.
Anemia
Cansaço, falta de vontade de fazer as coisas e pouco apetite, podem ser sintomas de anemia.
Como evitar: Melhorar a absorção do ferro na alimentação de costume. Devemos orientar a gestante para que evite ingerir alimentos ricos em ferro junto com café, chá ou produtos derivados do leite, já que eles dificultam a absorção do ferro pelo organismo. A melhor maneira de se alimentar é ingerir alimentos ricos em ferro junto com vitamina C, encontrada no suco de laranja, limão, acerola, entre outros. Realizar as consultas de pré-natal: os exames de sangue apontam a existência da anemia e o médico tem condições de avaliar o melhor tratamento.
Dor de cabeça, inchaço nos pés, mãos e rosto, pode ser pressão alta. Existe também a pressão alta que não se percebe, daí a necessidade de medir a pressão mesmo que não sinta nada.
Como evitar: Melhorar a alimentação: é preciso orientar a gestante para que diminua o consumo de sal, para ajudar a prevenir a pressão alta. Realizar as consultas de pré-natal: medir a pressão nas consultas e, se for o caso, usar remédios. Somente o médico tem condições de avaliar o melhor tratamento.
Acontece quando a quantidade de açúcar no sangue aumenta.
Como evitar: Melhorar a alimentação: diminuir o consumo de açúcares, de massas e pães. Atividades físicas/exercícios são importantes para ajudar na prevenção do diabetes gestacional. Realizar as consultas de pré-natal: fazer exame de sangue e, se for o caso, usar remédios. Somente o médico tem condições de avaliar o melhor tratamento.
A infecção urinária, assim como qualquer infecção, faz com que o organismo da gestante gaste energia para combatê-la. Estudos demonstram que bebês de gestantes tratadas para infecção urinária têm melhor peso ao nascer.
IMPORTANTE! A infecção urinária faz com que o bebê nasça antes do tempo, ou seja, seja um bebê prematuro. Por isso, é muito importante que a gestante seja tratada logo. Caso o tratamento demore, o mecanismo que leva ao parto prematuro já se inicia e não para mesmo que o tratamento para infecção urinária aconteça depois. Como evitar:
Se a gestante sentir dor na barriga ou ardência ao urinar, pode ser sinal de infeção urinária. Neste caso, ela deve ir ao serviço de saúde, mesmo que não seja o dia da sua consulta, para conversar com o médico e realizar os exames. Realizar as consultas de pré-natal: fazer exame de urina e, se for o caso, usar remédios. Somente o médico tem condições de avaliar o melhor tratamento.
Fumo e drogas durante a gestação
As drogas, além de prejudicarem o desenvolvimento do bebê, podem podem criar nele dependência desde o nascimento e causar anomalias congênitas nos rins, nos olhos e no cérebro, entre outras.
O fumo prejudica a circulação sanguínea na placenta – responsável pelas trocas gasosas e nutricionais entre mãe e bebê – e estreita o cordão umbilical para proteger o feto das substâncias tóxicas do cigarro. Isso faz com que o feto receba menos nutrientes; pode provocar partos prematuros e o nascimento de bebês com baixo peso, e aumenta as chances de o bebê nascer com problemas respiratórios e no coração.
Alguns medicamentos: podem prejudicar a formação do corpo do bebê. Lembre: medicamentos somente com prescrição médica.
Bebidas Alcoólicas: Quando a gestante consome bebidas alcoólicas, além do risco de abortar, pode ter um bebê com “síndrome do álcool fetal”. Com essa síndrome, o bebê pode ter problemas de crescimento e no sistema nervoso.
Alguns tratamentos químicos para o cabelo (tinturas, escova progressiva, entre outros) devem ser evitados durante a gestação e durante a amamentação. É importante a gestante conversar com o médico do pré-natal a respeito disso.
Como evitar: Orientar a família sobre as consequências destas substâncias. E o não consumo destas substâncias, principalmente durante a gravidez e amamentação.
Ter filhos depois dos 28 anos de idade
Pesquisas apontam que nas gestantes após os 28 anos, além da criança sofrer mais dentro do útero com desnutrição (Retardo de Crescimento Intra-Uterino), também há uma chance maior do bebê nascer antes da hora.
Mãe adolescente ou acima dos 35
Na primeira, o organismo precisa dividir a energia recebida entre a gestante em fase de crescimento e o bebê; na segunda, o corpo está mais debilitado para gerar a criança;
Programar cesariana sem necessidade
A realização do parto antes do tempo prejudica o desenvolvimento pleno do bebê, que ganha cerca de um quilo nos últimos dois meses de gestação;
Cesarianas agendadas com uma semana de antecedência ou mais, sinalizam um erro ou até incompetência médica. O Ministério da Saúde tem dados que comprovam que as crianças que nascem duas semanas antes do tempo, têm 120 vezes mais chances de ter problemas respiratórios. As cesarianas também aumentam consideravelmente os riscos de complicações após o parto.
Como evitar: Conversar com seu médico sobre a importância do bebê nascer no tempo certo. Além disso, as cesarianas acarretam quatro vezes mais infecção no pós-parto e três vezes mais doenças e mortes maternas.
Mãe não precisa comer por dois
Durante a gestação, a mãe é a única fonte de alimento para o bebê, mas não é preciso comer por dois para garantir o desenvolvimento da criança. “O excesso de peso pode acarretar o desenvolvimento de diabete gestacional e problemas de oxigenação cerebral para o bebê. A gestante obesa tem dificuldades de contração no parto normal e a cesárea é delicada devido à dificuldade de cicatrização”, explica a especialista em nutrição materno-infantil e coordenadora do curso de Nutrição das Faculdades Integradas do Brasil (UniBrasil), Cynthia Passoni. Segundo ela, o consumo de nutrientes por uma gestante deve ser 15% a 30% maior nos nove meses de gravidez. O ideal é comer de três em três horas, para que a mãe e o feto recebam nutrientes de forma constante. No entanto, mesmo uma alimentação equilibrada não fornece todos os nutrientes necessários para o bebê. “A complementação da dieta é feita com ácido fólico, para a formação do tubo neural do bebê, e ferro, para a manutenção da imunidade e prevenção da anemia”, observa Cynthia. De acordo com a nutricionista Cynthia Passoni, da UniBrasil, um bebê deve ter no máximo 4 quilos. Recém-nascidos acima desse peso são considerados gigantes ou macrossômicos e também têm risco maior de desenvolver doenças crônicas ao longo da vida. O excesso de peso pode acarretar ainda problemas de oxigenação cerebral para o bebê.
- e-Capacitação
- >
- Museu da Vida da Pastoral da Criança
- >
- 1000 Dias
- >
- Desnutrição do bebê no útero - Causas do baixo peso ao nascer