“Tipsi, a bonequinha” é o modo pelo qual Dra. Zilda era chamada pelos irmãos quando criança. Ganhou tal apelido devido aos olhos verdes, às grandes tranças loiras e à covinha na bochecha esquerda. Nascida em 1934 em uma colônia de descendentes alemães em Santa Catarina, foi a décima segunda de treze irmãos, dos quais sete eram mulheres e seis homens.
A família preservava muito da cultura de seus antepassados no dia a dia, como a religião e a música. Esta era presente na casa através de instrumentos, mas também de um coral de que participavam na igreja e das cantigas entoadas à noite na varanda.
Além disso, a disciplina, sem dúvida, era um dos principais valores preservados, de maneira que as crianças aprendiam desde cedo a contribuir com os trabalhos da casa ajudando na lavoura e em outras tarefas. “Eu, com cerca de seis anos, ajudava a segurar o rabo das vacas, logo depois já tratava os bezerros, e assim a função ia se tornando, prazerosamente, mais complexa” contava Zilda.
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