Encontram-se nessa classificação aquelas crianças cujo Índice de Massa Corporal (IMC) está abaixo da linha -2 (desvio padrão - dp). 

A orientação precoce às famílias pode ajudar no combate à desnutrição. A prevenção da desnutrição deve iniciar nos primeiros 1000 dias de vida, desde a gestação, com orientações sobre os cuidados para uma gestação segura e saudável, com incentivo ao aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de idade e complementado com outros alimentos saudáveis até os dois anos ou mais, além de outros cuidados com a higiene e saúde da criança. 

 
Resumo da situação e sugestão de como agir
 
  • Houve uma pequena queda significativa estatisticamente no % de crianças com desnutrição entre 2021 e 2022 no Brasil, passando de 3,6% para 3,4%. 
  • Os dados preliminares de 2023 (jan a out) apontam para aumento no indicador, 3,7%.
  • Somente Pernambuco apresentou aumento significativo no indicador e apenas São Paulo, Amazonas e Mato Grosso do Sul apresentaram queda significativa.
  • Dentre as dioceses, somente Palmares apresentou aumento significativo no período, no indicador no período e 8 dioceses apresentaram queda significativa

Sugestão de como agir:

  • Retomar e ampliar o Acompanhamento Nutricional, por meio da e-Capacitação e-Acompanhamento Nutricional.
  • Reforçar a necessidade de maior atenção para as crianças com excesso de peso, especialmente na visita domiciliar, pois pesquisas indicam que crianças acima do peso têm maiores chances de se tornarem adultos com excesso de peso.
  • Incentivar o uso do aplicativo Pastoral da Criança + Gestante pelos líderes e famílias, pois dessa forma eles têm acesso às e-cartelas de orientação específicas para cada estado nutricional, de forma individualizada.
  • Animar os líderes a incentivar a prática das hortas caseiras, para maior acesso a alimentos saudáveis pelas famílias.
  • Estimular o uso do aplicativo Pastoral da Criança + Gestante pelas famílias, para que mais pessoas tenham acesso aos conteúdos das e-Capacitações, em especial da e-Alimentação e e-Brinquedos e brincadeiras.

 

Brasil

Ocorreu pequena queda significativa estatisticamente no % de crianças com desnutrição entre 2021 e 2022, passando de 3,6% para 3,4%. O valor de 2,3% é o esperado pela Organização Mundial da Saúde na população. Valores superiores devem gerar alerta e ações para reverter o quadro.

Os dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN)*, do Ministério da Saúde, apontou 6,0% de crianças menores de 5 anos desnutridas em 2022. 

O gráfico abaixo mostra a prevalência de crianças com desnutrição na Pastoral da Criança no Brasil em 2021, 2022 e 2023 (jan a out).

No ano de 2022 a ação Acompanhamento Nutricional voltou a ser realizadas na maioria das comunidades de todo o Brasil, o que aumento o número de crianças avaliadas. Este pode ser um fator que explique a queda no % de crianças com obesidade, pois imagina-se que nos anos da pandemia, com toda a dificuldade de atuação que ocorreu, estava se dando prioridade de acompanhamento para crianças que precisavam de maior atenção, como aquelas com algum desvio nutricional (desnutrição ou excesso de peso). 

É preciso ficar atento ao que está acontecendo em 2023 e reforçar cada vez mais a atuação nas comunidades, uma vez que os dados apontam para aumento no % de crianças com desnutrição.


Estados

Somente Pernambuco apresentou aumento significativo estatisticamente de 91,4% entre 2021 e 2022 no percentual de crianças com desnutrição, passando de 2,1 para 4,1. Apesar do aumento, o valor ainda é menor que o encontrado pelo SISVAN* em 2022, 6,6%.

Entre os estados que apresentaram queda significativa, destacam-se: São Paulo (↓28,3%), Amazonas (↓39,1%), Mato Grosso do Sul (↓75,9%).

O estado com maior prevalência em 2022 foi Tocantins, com 5,1%. E o com menor percentual foi Rio Grande do Sul, com 2,3% de crianças com desnutrição.



Dioceses

Somente a diocese Palmares apresentou aumento significativo no indicador entre 2021 e 2022, passando de 1,0 para 10,2%. É um dado que nos chama a atenção,  pois está bem acima da média nacional.

As 8 dioceses que apresentaram queda no indicador, são: Lábrea (↓64,5%), Campo Limpo (↓72,4%), Londrina (↓88,1), Anápolis (↓89,2%), São Sebastião do Rio de Janeiro (↓89,4%), São Félix (↓92,2%), Dourados (↓96,0%) e Ponta Grossa (↓97,5%).

Algumas dioceses que apresentaram 0% de prevalência em 2021, passaram a mostrar alguma prevalência de desnutrição em 2022, de forma significativa. Essa situação se deve ao baixíssimo número de crianças avaliadas pelo Acompanhamento Nutricional em 2021 e com a retomada da ação em 2022, algumas crianças apresentaram esse diagnóstico.


Mais informações nos links abaixo:

Pecentual de crianças com desnutrição entre 2021 e 2022. Brasil, estados, dioceses e regiões.

Mapa da variação do percentual de crianças com desnutrição por dioceses, entre 2021 e 2022.

Prévia do percentual de crianças com desnutrição em 2023 (jan a out). Brasil, estados, dioceses e regiões.


*SISVAN, Brasil, 2022. Disponível em: SISVAN

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