Encontram-se nessa classificação aquelas crianças cujo Índice de Massa Corporal (IMC) resultou em obesidade, ou seja, escore-z do IMC/idade maior que 3 desvio padrão (dp).
- Houve queda significativo no % de crianças com obesidade entre 2021 e 2022 no Brasil, passando de 6,4 para 4,8%.
- Dados preliminares mostram pequena queda no % de crianças com obesidade em 2023 (jan a out) no Brasil, chegando a 4,5%.
- Nenhum estado apresentou aumento significativo. Seis estados apresentaram queda significativa no período: São Paulo, Santa Catarina, Espírito Santo, Pernambuco, Rondônia e Mato Grosso do Sul.
- Apenas as dioceses de Abaetetuba e Toledo apresentam aumento significativo e outras 12 dioceses apresentaram queda significativa.
- Sugestão de como agir:
- Retomar e ampliar o Acompanhamento Nutricional, por meio da e-Capacitação e-Acompanhamento Nutricional.
- Reforçar a necessidade de maior atenção para as crianças com excesso de peso, especialmente na visita domiciliar, pois pesquisas indicam que crianças acima do peso têm maiores chances de se tornarem adultos com excesso de peso.
- Incentivar o uso do aplicativo Pastoral da Criança + Gestante pelos líderes e famílias, pois dessa forma eles têm acesso às e-cartelas de orientação específicas para cada estado nutricional, de forma individualizada.
- Animar os líderes a incentivar a prática das hortas caseiras, para maior acesso a alimentos saudáveis pelas famílias.
- Estimular o uso do aplicativo Pastoral da Criança + Gestante pelas famílias, para que mais pessoas tenham acesso aos conteúdos das e-Capacitações, em especial da e-Alimentação e e-Brinquedos e brincadeiras.
Brasil
Houve queda significativa de 24,0% no percentual de crianças com obesidade entre 2021 e 2022, passando de 6,4 para 4,8%. A prevalência ainda é menor do que a apontada nos dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN)*, do Ministério da Saúde, em 2022 para menores de 5 anos no Brasil: 6,4%.
O gráfico abaixo apresenta a situação de crianças da Pastoral da Criança com obesidade no Brasil entre 2021, 2022 e 2023 (jan a out).
No ano de 2022 a ação Acompanhamento Nutricional voltou a ser realizadas na maioria das comunidades de todo o Brasil, o que aumento o número de crianças avaliadas. Este pode ser um fator que explique a queda no % de crianças com obesidade, pois imagina-se que nos anos da pandemia, com toda a dificuldade de atuação que ocorreu, estava se dando prioridade de acompanhamento para crianças que precisavam de maior atenção, como aquelas com algum desvio nutricional (desnutrição ou excesso de peso). Com a volta a normalidade e o aumento no acompanhamento do número de crianças, as taxas estão se aproximando dos níveis pré pandemia.
Estados
Nenhum estado apresentou aumento significativo no indicador entre 2021 e 2022. Seis estados apresentaram queda: São Paulo (↓37,7%), Santa Catarina (↓41,2%), Espírito Santo (↓54,6%), Pernambuco (↓57,3%), Rondônia (↓64,8%), Mato Grosso do Sul (↓73,8%).
Os estados que apresentaram maior percentual de crianças com obesidade em 2022 foram: Ceará (8,1%), Amapá (7,9%) e Paraiba (6,8%). As que apresentaram menor percentual foram: Distrito Federal (1,6%), Roraima (1,8%) e Maranhão (3,0%). Um ponto a ser observado é que tanto Distrito Federal como Roraima tem poucas crianças em Acompanhamento Nutricional em 2022: 398 e 228, respectivamente.
Dioceses
Somente as dioceses de Abaetetuba (↑2644,1%) e Toledo (↑ 113,8%) apresentaram aumento significativo do indicador entre 2021 e 2022. Esse aumento pode ser devido ao aumento no número de crianças no Acompanhamento Nutricional, que mais que dobrou nas duas dioceses.
Doze dioceses apresentaram queda no percentual de crianças com obesidade no período: Sobral (↓29,7%), Limeira (↓55,5%), Bragança do Pará (↓57,6%), Piracicaba (↓69,3%), Joinville (↓72,6%), Nazaré (↓73,1%), Porto Velho (↓78,1%), Marajó (↓79,4%), Rio Branco (↓80,6%), Lages (↓84,8%), Bragança Paulista (↓87,8%) e Marília (↓93,9%). A diocese de Marília tinha 4 crianças em Acompanhamento Nutricional em 2021 e passou para mais de 300 em 2022, indicando que, provavelmente a queda ocorreu pelo aumento das crianças acompanhadas.
Algumas dioceses que apresentaram 0% de prevalência em 2021, passaram a mostrar alguma prevalência de obesidade em 2022, de forma significativa. Essa situação se deve ao baixíssimo número de crianças avaliadas pelo Acompanhamento Nutricional em 2021 e com a retomada da ação em 2022, algumas crianças apresentaram esse diagnóstico.
Mais informações nos links abaixo:
Mapa da variação do percentual de crianças com obesidade nas dioceses, entre 2021 e 2022.
Prévia do percentual de crianças com obesidade em 2023. Brasil, estados, dioceses e regiões.
- e-Capacitação
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- e-Relatório Anual 2023
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- Acompanhamento nutricional
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- % crianças com obesidade