7ª Sessão - Desenvolvendo relacionamentos positivos entre cuidadores e crianças
Encontro 2 – Construindo relacionamentos positivos
OBJETIVO
Identificar formas concretas de construir relacionamentos positivos com as crianças, que apoiem seu bem-estar e desenvolvimento espiritual.
MATERIAIS E PREPARAÇÃO
- folhas de papel grandes, canetas coloridas ou canetinhas;
- música suave;
- tópico “Condições para nutrir o desenvolvimento espiritual das crianças”, disponível no e-Espiritualidade na infância.
COMO VOCÊ PODE FAZER
1. Dê as boas-vindas aos participantes com uma história, música ou qualquer outra coisa que os ajude a se concentrar e relaxar do estresse do dia e, em seguida, apresente a atividade.
Organize os participantes em duplas. Cada participante recebe uma folha de papel do tamanho do corpo. Como alternativa, você pode usar uma folha A4 e desenhar uma mão (uma pergunta será escrita em cada dedo).
Uma pessoa deita no papel no chão, e a outra desenha sua silhueta com uma caneta. Quando a primeira pessoa estiver deitada, faça o convite para que ela volte aos primeiros anos de sua vida, aos lugares onde se sentiu segura, às pessoas que a fizeram se sentir amada e cuidada, à família, ao lar, etc. Quando estiver pronto, mude para fazer a silhueta da outra pessoa. Compartilhe o mesmo convite.
2. Depois de terem completado as silhuetas, cada participante é convidado a escrever/ desenhar em sua própria silhueta as seguintes informações:
- Coração: Um momento com seus pais ou cuidadores que fez você se sentir amado, cuidado, protegido, feliz e confiante.
- Cabeça: Algo que você experimentou com seus pais ou cuidadores — ao vê-los ou fazer algo com eles, algo que eles disseram — que causou impacto em você.
- Estômago: Uma experiência com seu pai ou cuidador que foi difícil para você.
- Mãos: uma coisa que você gostava de fazer com elas quando criança/ou algo que você gostaria de fazer.
- Pernas: algo que você descobriu com seus pais ou cuidadores.
3. Após a conclusão, cada pessoa compartilha as informações com seu parceiro junto com suas reflexões. Depois que ambos compartilharem o que está escrito nas silhuetas, incentive-os a se deitarem nas silhuetas um do outro. Você pode pedir que eles fechem os olhos e imaginem que são a outra pessoa por um momento. Se você estiver usando uma mão em vez de uma silhueta completa, deixe os participantes tocarem a mão e seguir conforme proposto.
O facilitador pode tocar uma música suave e iniciar alguma reflexão pedindo aos participantes que “se deixem para trás” por alguns minutos e veja se consegue imaginar sua dupla quando criança”, pensar os pensamentos do outro, sentir as necessidades do outro, querer o que o outro quer.
4. De volta ao grupo principal, pergunte aos participantes como foi a experiência para eles. O que foi difícil? O que eles gostaram?
Discutam juntos:
- Como as experiências de nosso passado, de nossa própria criação e relacionamentos com nossos pais e cuidadores afetam nossa maneira de ver nossos filhos e criá-los? Há algo que gostaríamos de fortalecer ou mudar na forma como educamos nossos filhos?
- Que tipo de experiências nos ajudam a nos conectar com nossos filhos, construir confiança, nutrir amor, ser respeitoso, capacitá-los?
- Que tipo de atitudes e experiências podem desencorajar as crianças de falar conosco abertamente? Por que?
- Como nossas tradições religiosas ou espirituais podem nos apoiar na construção de conexões com crianças?
5. Conclua a sessão refletindo sobre a importância de tentar compreender o que as crianças sentem, pensam, querem e precisam, desde o momento em que nascem.
A ciência destaca a importância da parentalidade positiva e fornece muitas evidências de que a estimulação precoce, o cuidado, o apego e o vínculo, bem como a criação de contextos seguros, podem influenciar positivamente o desenvolvimento do cérebro e ajudar as crianças a crescer, aprender e prosperar. Ao criar esses relacionamentos positivos, os cuidadores promovem um relacionamento de confiança com as crianças, para que possam se sentir confiantes para serem vulneráveis e abertos mesmo nas circunstâncias mais desafiadoras.
Compartilhe com os participantes que, se eles às vezes compartilham suas próprias histórias com as crianças, tornando-se vulneráveis, isso pode ajudar as crianças a sentirem que também podem ser vulneráveis e que compartilhar problemas, fraquezas e medos é bom e faz parte da vida. Compartilhe algumas histórias tradicionais ou histórias de sua comunidade religiosa que mostrem isso.
PARA COMPARTILHAR COM PARTICIPANTES Ao discutir com os pais e cuidadores as questões propostas sobre suas experiências e atitudes envolvendo a conexão com as crianças, compartilhe estas ideias sobre o que eles podem fazer com as crianças:
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