Por que ajudar outros países?

De acordo com o Relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgado em 13 de maio de 2020, mostra que a taxa de mortalidade infantil no mundo (crianças até os cinco anos) diminuiu pela metade, de 2000 a 2018, representada pela queda de 76 para 39 mortes a cada mil nascidos vivos e entre os recém-nascidos, a queda foi de 31 para 18 a cada mil nascimentos, na média mundial. Entretanto, essa queda não ocorreu em todos os países. Guiné-Bissau, por exemplo, continuam na lista dos 10 países onde essa taxa é mais elevada. A cada mil crianças guineenses nascidas, 100 não passam do quinto ano de vida. Entre as moçambicanas, esse número chega a 79 a cada mil. A falta de médicos, enfermeiros e demais profissionais de saúde torna a situação ainda mais grave.

O Relatório da Unicef mostra, ainda, que a desigualdade social aumentou da década de 1990, para os anos 2000, mantendo diversas situações de pobreza – o que traz consequências para todos, principalmente para as crianças, que ficam expostas à insalubridade, doenças, baixa escolaridade, falta de oportunidades melhores de desenvolvimento e, em muitos casos, não recebem alimentação e cuidados adequados.

Outro dado que chama a atenção é o índice de desenvolvimento humano (IDH), uma classificação internacional que leva em consideração saúde, educação, renda e expectativa de vida ao nascer. A escala vai de 0 a 1, sendo que quanto maior o número, melhor é a qualidade de vida da população. Entre 189 países avaliados, o Brasil está na 84ª posição, com IDH de 0,765. O Haiti possui o pior índice do continente americano (0,510) e ocupa o 170º lugar. Nas últimas posições, Guiné-Bissau está na 175ª, com apenas 0,480  – índice baixíssimo. E Moçambique na 181ª, com índice de 0,456. Além do Índice de Desenvolvimento Humano, esses países também têm altos percentuais no Índice de Pobreza Multidimensional, onde a pobreza é ajustada pela intensidade de privação, com uma perspectiva mais holística e não apenas baseada no rendimento. Em Moçambique esse percentual é de 56,7% e na Guiné-Bissau é de 55,3%.
(Fonte:http://hdr.undp.org/sites/default/files/hdr_2020_overview_portuguese.pdf). 

Mudar essa situação envolve poderes públicos, gestores internacionais e locais, sociedade civil organizada, comunidades e famílias. Todos devem se empenhar em promover vida digna para as crianças e criar um ambiente favorável para que elas possam viver e se desenvolver plenamente.

Quando a Pastoral da Criança começou a agir no Brasil, a situação também era preocupante. Mas, muitos avanços foram conquistados, especialmente com informação e a dedicação dos líderes voluntários. Essa trajetória serve de exemplo para outros países, que podem colaborar com a transformação que suas populações tanto necessitam, por meio de uma metodologia simples e muita solidariedade. Essa mudança não é fácil e rápida. Por isso, a hora de mudar é agora, pensando sempre na missão de levar vida plena para todas as crianças.

Realizar a campanha Pequenos Reis Magos é uma forma concreta de exercer a fraternidade cristã, como nos pede o Papa Francisco, para que sejamos uma Igreja em saída. É uma maravilhosa oportunidade de celebrar o verdadeiro espírito de Natal, que é partilhar amor com os mais necessitados e glorificar a Deus na pessoa do irmão. 

Por que ajudar?

Mudar a situação em que vivem os habitantes desses países, envolve poderes públicos, gestores internacionais e locais, sociedade civil organizada, comunidades e famílias. Todos devem se empenhar em promover vida digna para as crianças e criar um ambiente favorável para que elas possam viver e se desenvolver plenamente.

Ao participar da campanha, os Pequenos Reis Magos brasileiros, conhecem a situação em que vivem as crianças ao redor do mundo. Esta é uma ação que permite que as crianças e jovens aprendam sobre a realidade dos outros países despertando a solidariedade e o cuidado com o próximo. Esta iniciativa de animação e cooperação ajuda na construção de um mundo mais justo e fraterno.  

Todo cristão deve ser discípulo missionário, sair de sua casa para ajudar os que mais precisam. Grupos de jovens, catequizandos, coroinhas e coral de crianças, podem se comprometer nas paróquias com esta ação missionária e evangelizadora.

 

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