O ambiente intrauterino é líquido, escuro, com contenção e estimulação sensorial por meio dos movimentos maternos e o bebê nascido antes de estar preparado para lidar com outro ambiente, que não o útero da mãe, depara-se com uma realidade muito diferente, do qual há excesso de luminosidade, ruídos, movimentos constantes e interrupções repetidas do seu sono.
Pelas adversidades deste novo ambiente, o bebê poderá apresentar alterações dos sinais vitais e da coloração da pele, movimentos corporais erráticos, aversão a estímulos perilabiais (região da boca do bebê), regurgitação voluntária, dificuldades em se alimentar, pobre ganho de peso e ficar acordado por longos períodos, podendo até apresentar riscos de morte e comprometimento no crescimento e desenvolvimento futuro.
A luminosidade excessiva pode causar no bebê dano cromossômico, mudanças endócrinas, alterações na síntese da vitamina D, variação nos ritmos biológicos e privação de sono.
O ruído excessivo pode causar no bebê alterações nos sinais vitais e na saturação de oxigênio, vigília prolongada, distúrbios do sono, respostas reflexas corporais, atividade facial, dificuldade de se alimentar, agitação, choro e o ruído excessivo pode potencializar agentes ototóxicos.
Apesar dos inúmeros estudos sobre a manipulação, ainda há controvérsias sobre o que deve ou não ser considerado como um bom estímulo para o desenvolvimento do bebê prematuro, porém, não há dúvida de que a posição e a manipulação dele influenciam no seu estado e no seu desenvolvimento. A manipulação excessiva pode causar mudança dos sinais vitais e diminuição da saturação de oxigênio, provável aumento da sensação dolorosa e alteração do ciclo de sono e vigília.
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