Brincar de faz de conta responde a uma necessidade básica da criança: a de querer que os pais fiquem sempre junto dela. Mas as relações da criança com as pessoas e as coisas ao seu redor estão sempre mudando. Por volta dos dois anos a criança já não tem os pais sempre por perto como quando era menor e procura trazê-los para junto de si “fazendo de conta”, por exemplo, que é a mãe indo fazer compras, ou o pai capinando na roça.
A criança também começa a querer fazer muitas coisas sozinha, inclusive o que não pode e os adultos são obrigados a lhe dar limites. Para aprender a aceitar os limites, ela então faz, na brincadeira, aquilo que lhe é proibido.
Quando começa a brincar de faz de conta, a criança precisa ter os objetos de verdade ou, senão, muito parecidos com eles para que possa brincar: a boneca, o pratinho, o carro... Depois ela vai aprendendo a usar os objetos de outra maneira, não ficando só presa ao uso do objeto real. Por exemplo: a criança quer brincar de bailarina, mas não tem uma boneca. Pega, então, um sabugo de milho, coloca uma “saia” de papel nele e diz que é sua bailarina e começa a fazê-la dançar. Para isso, ela teve que usar sua imaginação. Quando a criança usa a sua imaginação ela desenvolve a sua criatividade, criando um mundo de possibilidades para explorar. Por isso é muito importante que os familiares ofereçam oportunidades para que essas brincadeiras possam acontecer.
Fantasias
Brincar com fantasias estimula a imaginação das crianças já que o universo do faz de conta as possibilita serem o que quiserem. Quando permitimos às crianças essa oportunidade, estamos favorecendo sua criatividade e também a representar seu conhecimento de mundo, imitando algo ou alguém que já conhecem e também criando algo novo, real ou imaginário.
A criança ao brincar livremente com fantasias, brinquedos e objetos, desenvolve seu pensamento crítico, expressando suas emoções e preocupações, uma vez que representa por meio das brincadeiras o que acha ser certo e errado e a elaborar estratégias e tomada de decisões para vivenciar esse cenário. Além disso, brincar com fantasias favorece o lado criativo e a lidar com emoções e timidez, aperfeiçoando assim suas habilidades de comunicação, autoestima e autonomiCantinho da leitura a.
É importante que as crianças possam ter a possibilidade de explorar sua imaginação e que os pais e responsáveis as apoiem e transmitam confiança, sem criticá-las ou julgá-las, tornando esse momento estimulante e prazeroso para elas.
Cantinho da Leitura
Escutar histórias e ter contato com livros é um momento mágico, de encanto, é também um incentivo para que a criança tenha gosto de aprender a ler e escrever. Ouvir e contar histórias é estimular a imaginação, é ter a curiosidade respondida em relação a tantas perguntas, é descobrir outros lugares, outros tempos. As histórias oportunizam as crianças a sentir emoções importantes como tristeza, raiva, alegria, medo, insegurança e tantas outras mais, e assim vão se conhecendo melhor, aprendendo a lidar seus sentimentos e com limites, encontrando ideias, soluções para problemas, vendo como vencer desafios.
Ouvir e ler histórias é também desenvolver o pensamento crítico das crianças, é permitir que elas pensem, duvidem, perguntem, critiquem o que foi lido ou contado, tenham suas próprias ideias, formem sua opinião.
Contar, ler histórias variadas e dar oportunidade a criança para que manuseie livros, conte e invente suas histórias em casa e em comunidade é muito importante para a sua formação.
Por isso incentivamos que as crianças manuseiem livros e fantoches e que os adultos participem deste momento, fortalecendo laços afetivos e estimulando a imaginação dos pequenos.
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