A comunidade se fortalece quando tem redes de apoio para atender as famílias. Rede de apoio é a união de muitas pessoas com o objetivo de dar segurança e suporte. Ela é algo que tem continuidade, diferente de uma rede de ajuda que acontece de forma momentânea. 

Ter uma boa rede de apoio é fundamental, pois envolve o vínculo de pessoas e instituições capazes de gerar apoio familiar e comunitário, contribuindo para que as famílias e a sociedade promovam o desenvolvimento de suas crianças e a qualidade de vida de todos gerando transformação.

As famílias precisam saber com quem podem contar, que terá alguém que vai escutar as suas necessidades, quem vai ajudar a encontrar meios para solucionar as situações vivenciadas. Mas afinal, como podemos formar uma rede de apoio? Quem forma a rede de apoio em sua comunidade? Vamos entender melhor no texto abaixo:

  • O que é uma rede de apoio?

Para melhor entender o que é uma rede de apoio, vamos partir da ação de uma instituição, da atitude de uma pessoa, onde se forma uma união de muitos com um único objetivo, que é dar suporte e segurança para alguém. Pensemos, por exemplo, em uma rede, ela é tecida de vários fios, eles se entrelaçam e formam o que irá sustentar a pessoa. Assim, acontece também nas comunidades, quando as pessoas, grupos e instituições se juntam, formam laços e vínculos de segurança e confiança e cujas ações impactam a vida das pessoas envolvidas, tanto das que fazem parte da rede, como das que são atendidas por essa rede. Durante a pandemia, falou-se muito sobre a importância da rede de apoio, mas é importante registrar que há diferença entre uma rede de apoio e uma rede de ajuda, pois esta última acontece de forma momentânea. A rede de apoio, por outro lado, pensa em algo que tenha continuidade e, principalmente, transformação na vida das pessoas e comunidades que são atendidas.

  • Quais as principais redes de apoio que temos hoje?

São várias as redes de apoio. Na área da saúde, por exemplo, podemos contar com o sistema público, como as Unidades de Saúde, os Agentes Comunitários de Saúde, os Centros de Atenção Psicossocial – os CAPS; e também na própria igreja, como a Pastoral da Saúde, a Pastoral da Sobriedade, dentre tantos outros. Na área da assistência social, podemos contar com os órgãos públicos também, como o Centro de Referência da Assistência Social – o CRAS; o Centro de Referência Especial da Assistência Social – o CREAS. Outras instituições de assistência social no município e, inclusive, a ação social da paróquia; a Ação Social da Associação dos Moradores e muitos outros. E na área dos direitos da criança e do adolescente, temos as instituições que fazem parte do sistema de garantia de direitos, como os Órgãos do Sistema Judiciário, as Polícias Militar, Civil e Federal. O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, o Conselho Tutelar. Todos aqueles que têm como objetivos a defesa, promoção de direitos e controle social.

  • Como são os serviços na área da assistência social?

Assistência social é uma política pública voltada para o atendimento das famílias em situação de vulnerabilidade ou risco social e pessoal, por isso conta com o Sistema Único de Assistência Social (SUAS), assim como o SUS. Os órgãos que integram esse sistema, como o CRAS e o CREAS, disponibilizam alguns serviços que são muito importantes para a população conhecer. O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos que são grupos de convivência para várias faixas etárias; o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família com atendimento e acompanhamento por assistentes sociais e psicólogos; o Cadastramento ou Atualização do seu Cadastro Único – CadÚnico para os programas sociais, a exemplo do Bolsa Família,para o benefício de prestação continuada – o BPC. Se tiver algum membro da família com deficiência, ou pessoa idosa, e o benefício eventual, que é o auxílio nas Situações de Emergência e Calamidade Pública. Nascimento ou morte de algum membro da família.

  • Qual é a importância de uma rede de apoio para as famílias diante de diversas situações?

Numa rede de apoio, as pessoas compartilham sua vida, se encorajam, se apoiam e todas crescem. Em qualquer situação, é muito importante saber que a pessoa não está sozinha. As redes de apoio podem ser o suporte para a família em muitas situações como alcoolismo, dependência química, problemas de saúde mental, violência doméstica, crianças com diferença no funcionamento de seu organismo, pessoas em situação de vulnerabilidade. E a Pastoral da Criança, em muitas situações, faz diferença para as famílias na comunidade, porque passa a confiança que elas precisam para expor seus problemas e também dividir suas alegrias.

  • Quais os benefícios para a pessoa e sua família em participar ativamente de uma rede de apoio e perseverar em seus objetivos?

Dependendo da situação da família, os benefícios podem ser amplos. Por exemplo, se acontece de na família ter alguém dependente do álcool, na medida que essa pessoa chega até um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), aliado com a participação junto com a Pastoral da Sobriedade pode parar de beber e dar um novo sentido a sua vida. No primeiro momento, parece que o benefício foi somente para a pessoa, mas esse resultado se estende para toda a família que, com certeza, viverá em harmonia e, a partir dessa iniciativa, o benefício é para todos.

  • Como os líderes da Pastoral da Criança, a partir da realidade que encontram, orientam as famílias a buscar as redes de apoio?

A Pastoral da Criança muitas vezes é quem está mais presente junto às famílias, assim pode recorrer e mobilizar outras frentes na comunidade. Durante as visitas domiciliares, ao repassar as informações acompanhadas de orientação para as famílias acessarem os serviços que precisam, promovem a conscientização de que são sujeitos de direito e, com isso, não precisam apenas receber, porque também têm o que oferecer.

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