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O glúten é uma proteína presente no trigo, centeio, cevada e aveia.
A doença celíaca é uma intolerância permanente ao glúten associada a outros fatores tais como: genéticos, imunológicos e ambientais.
A doença celíaca é como um iceberg: há mais casos não diagnosticados (abaixo da linha da água) do que os diagnosticados (acima da linha da água). Os riscos são maiores em familiares: em estudos brasileiros, 13,7% nos de primeiro grau e 6,35% nos de segundo grau (KOTZE, 2006).
A doença celíaca é considerada uma resposta auto-imune. O nosso organismo olha para o glúten, ataca o glúten, mas acaba atacando também a parede do intestino e então, acontece uma atrofia da mucosa do intestino delgado (como se fosse uma toalha de banho bem felpuda e alguém passasse uma lâmina de barbear nela, ficando careca). Como consequência temos a má absorção dos nutrientes pelo intestino.
O risco de desenvolvimento dessa doença aumenta com a introdução de glúten na alimentação antes dos 3 meses de idade ou após os 7 meses em indivíduos geneticamente predispostos.
A forma clínica de apresentação da doença mais frequente é a forma clássica, que se inicia nos primeiros anos de vida (entre 6 e 24 meses). A criança apresenta diarreia cronica, vômito irritabilidade, falta de apetite, baixo crescimento, distensão abdominal, entre outros. Após semanas ou meses da introdução de glúten na dieta, as fezes ficam fedidas, gordurosas e volumosas, e o abdômen estufado.
Na forma não clássica o paciente pode apresentar manifestações isoladas como: baixa estatura, anemia por deficiência de ferro, artrite, intestino preso, defeito no esmalte do dente, osteoporose e esterilidade. Acomete crianças geralmente entre 5 e 7 anos.
O tratamento da doença é basicamente dietético, devendo-se excluir o glúten da dieta durante toda a vida (trigo, centeio, cevada e aveia). Após a retirada do glúten da dieta a resposta clínica é rápida, havendo desaparecimento dos sintomas gastrointestinais dentro de um ou dois dias.
O glúten pode ser substituído pelo milho (farinha de milho, amido de milho, fubá), arroz (farinha de arroz), batata (fécula de batata) e mandioca (farinha de mandioca e polvilho).
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