No verão, todos ficam mais expostos a algumas doenças típicas dessa época do ano. O aumento das temperaturas vem sempre acompanhadas de mudanças no meio ambiente e também nos hábitos e comportamentos da população, o que podem resultar em males à saúde.
Os casos de desidratação, intoxicação e insolação, entre outros, se tornam mais frequentes. Para evitar esses desconfortos, Regina Reinaldin, enfermeira da coordenação nacional da Pastoral da Criança, dá algumas dicas:
Desidratação:
O risco de ter uma desidratação aumenta muito no verão, principalmente nas crianças e idosos. A desidratação se caracteriza pela perda de líquidos e sais minerais do corpo. Quando o organismo está funcionando normalmente, perde-se em média 2,5 litros de água por dia, seja pela urina e fezes, seja pelo suor ou pela respiração. Uma criança ou adulto desidratado, fica com sede, com a boca e mucosas secas, olhos ressecados e fica muito tempo sem urinar. Para prevenir a desidratação use roupas leves, beba constantemente líquidos, não consuma alimentos que ficaram muito tempo fora da geladeira e procure ficar em locais arejados e frescos.
Insolação:
A insolação acontece quando uma pessoa fica tempo demais exposta ao sol. Seus sintomas são intensa falta de ar, dor de cabeça, náuseas, tontura, temperatura do corpo elevada, pele quente, avermelhada e seca, extremidades arroxeadas e até mesmo inconsciência e desmaio. Além disso, com ela também vem a desidratação e queimaduras que podem ser de leves até graves, dependendo da sensibilidade da pele de cada pessoa e do tempo em que ficou exposta ao sol. Para evitar que isso aconteça é preciso evitar tomar sol nos horários em que ele está mais forte e sempre lembrar de usar filtro solar.
Frieiras:
Frieira ou pé-de-atleta é uma micose que aparece entre os dedos e causa vermelhidão na pele dos pés. Ela é altamente contagiosa, mas geralmente as pessoas costumam contrair tal fungo por meio do próprio ambiente. Os sintomas mais comuns são o embranquecimento da pele entre os dedos do pé e a descamação dela que, eventualmente, se rompe em pequenas fissuras e cortes. Por isso é importante não andar descaço em vestiários de piscina, tocar em animais desconhecidos ou usar calçados e meias de outras pessoas. Além disso, tente sempre secar bem os pés e usar sandálias abertas.
Doenças de pele:
É uma doença chamada Pano Branco ou Pitiríase Versicolor. O nome parece difícil, mas é um tipo de micose muito comum. O causador dela é o fungo Ptyrosporum Ovale, que existe normalmente no meio ambiente, mas que só causará problemas de saúde se tiver condições adequadas para isso. O pano branco só aparece quando a pessoa está com baixa imunidade e quando o fungo se encontra em um ambiente úmido e de bastante calor. Os sintomas são manchas brancas na pele, mas em alguns casos as manchas podem ser castanhas ou avermelhadas.
Pode surgir também um tipo de verminose, chamada Bicho Geográfico, que é uma doença de pele que pode ser contraída nas praias. É transmitida por larvas de parasitas presentes nas fezes de cachorro. O parasita entre pela pede, principalmente pelos pés e causa uma inflamação. Outra ocorrência comum é a Onicomicose, que é uma doença que afeta as unhas. Ela é provocada por fungos e começa na ponta da unha, deixando-a amarela, espessa e com uma aparência feia. Além disso, dói bastante e incomoda.
Leptospirose:
A Leptospirose aumenta muito com as enchentes, mas também com o consumo de bebidas como água mineral e refrigerantes que não devem ser ingeridos diretamente de latas e garrafas, sem que essas sejam lavadas adequadamente, por causa do risco de contaminação com a urina de rato. Em caso de inundações, deve ser evitada a exposição desnecessária à água ou à lama. O tratamento da pessoa com leptospirose é feito fundamentalmente com hidratação.
Hepatite A:
Pesquisas apontam um aumento de 20% a 30% na frequência de casos de hepatite A durante o verão. Esse aumento da doença é por causa da quantidade de pessoas que se aglomeram em praias e locais de férias onde, muitas vezes, são consumidos alimentos de má qualidade ou mal preparados e a água é de origem duvidosa. Os sintomas são: olhos e peles amarelos, urina escura, febre de curta duração, prostração, enjoos e, as vezes, vômitos no início da doença. Para evitá-la, beba água fervida ou filtrada e não aceite que coloquem gelo em sua bebida.
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