Vestido Clássico de Dra. Zilda.
Azul era a cor preferida de Zilda Arns Neumann. Muitas de suas vestes possuem como pigmento único ou principal essa coloração. O vestido azul royal exposto no Museu da Vida trata-se de um dos vestidos mais usados pela médica em diversas ocasiões: entrega de prêmios, visitas às comunidades, viagens nacionais e internacionais. Sempre que Zilda trajava o vestido azul royal, seu companheiro de produção dava o ar de sua graça para finalizar a composição, o sobretudo verde com azul confeccionado com tecido translúcido.
Com esse conjunto, Zilda foi filmada para o documentário de Dorrit Harazim, Travessia da Vida; foi fotografada por Flávio Florido; recebeu o prêmio Conselho Nacional de Mulheres do Brasil de 1999 entregue por Fani Lerner na cidade do Rio de Janeiro no dia 03 de maio de 2000; recebeu a Comenda Grão de Café no dia 11 de setembro de 2000, condecoração outorgada pelo município de Cambé – PR; participou da implantação do programa Criança Viva na cidade de Piraí – RJ, no ano de 1995 (imagem ao lado representa este encontro) e viajou à Volta Redonda em dezembro de 1999, município do estado do Rio de Janeiro.
Vestido Étinico do Sri Lanka.
Utilizado em viagens em território nacional pela Dra. Zilda, o vestido de estamparia étnica do Sri Lanka é uma das muitas peças que compõe o acervo de vestuário do Museu da Vida.
Feito de tecido rayon e ornamentado por miçanças de madeira, o vestido foi usado na viagem que Dra. Zilda fez ao estado de Mato do Grosso do Sul para visitar uma comunidade indígena atendida pela Pastoral da Criança, na qual Zilda ganhou de presente o chapéu e a bolsa de Capim Dourado que estão em exposição juntamente ao vestido. Essa viagem foi registrada pelo fotógrafo Antônio Marques, perpetuando a passagem da médica no estado.sul-mato-grossense. No arquivo de imagens da Pastoral da Criança também há registros de Dra. Zilda utilizando o vestido estampado com zebras e elefantes em uma capacitação para voluntárias no estado de Roraima no ano de 2003.
Vestido Utilizado na entrega do Prêmio Woodrow Wilson Public Service.
Os prêmios do Centro Internacional de Acadêmicos Woodrow Wilson são outorgados às pessoas de âmbito público e empresarial que demonstram um excepcional compromisso com as perspectivas de Thomas Woodrow Wilson para um mundo mais igualitário, sendo a base de seu pensamento a integração política com o conhecimento acadêmico e as políticas públicas elaboradas para o bem comum.
Thomas Wodroow Wilson nasceu na cidade de Staunton, estado de Virgínia, nos Estados Unidos no dia 28 de dezembro de 1856. Estudou Direito na Universidade de Virgínia e doutorou-se, em 1886, na Universidade John Hopkins. No mesmo ano, passou a lecionar história e economia política. A partir de 1890, tornou-se professor da Faculdade de Princeton, da qual seria diretor em 1902. Foi eleito duas vezes presidente dos Estados Unidos pelo Partido Democrático de 1912 a 1921.
Durante seu governo, ocorreu a Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Enquanto a guerra acontecia, Wodroo Wilson se dedicou na obtenção da paz e concebeu, como meio de sua perpetuação, a ideia da Liga das Nações. No dia 8 de janeiro de 1918, estabeleceu um acordo de catorze pontos como plano imediato para a paz. Entre esses pontos estavam itens sobre restituições, autonomia dos povos, desarmamento e arbitragem internacional.
Com este espírito, Woodrow Wilson ficou eternizado nas premiações do Instituto Smithsonian, que promovem ideias e projetos de indivíduos e empresas quanto a temas de política e conhecimento acadêmico a nível nacional e mundial. No dia 23 de outubro de 2007, Zilda Arns Neumann é premiada com o Woodrow Wilson Award for Public Service, na cidade de São Paulo, em reconhecimento ao seu trabalho frente a Pastoral da Criança. No evento, Zilda trajava este vestido preto ornamentado com miçangas e possuindo mangas transparentes, feito especialmente para a ocasião pela costureira Ester, artesã de grande estima de Dra. Zilda, que morava no bairro Água Verde, Curitiba. Este mesmo vestido foi utilizado na entrega do diploma de Acadêmico Honorário de Medicina, outorgado pela Academia Nacional de Medicina no ano de 2008 na cidade de Rio de Janeiro.
Uniforme Olímpico e Tocha Olímpica.
Sendo um dos eventos mais antigos da humanidade, os Jogos Olímpicos surgiram na cidade de Olímpia, Grécia, com o objetivo de homenagear o grande deus Zeus e sua esposa Hera. Modalidades esportivas eram competidas entre homens ao deus e entre mulheres à deusa. Em período de Jogos Olímpicos até as grandes guerras ocorridas entre as cidades-estados gregas eram paralisadas, pois a paz, a amizade e o bom relacionamento entre os povos são os princípios das Olimpíadas.
Os séculos se passaram e os Jogos Olímpicos chegaram à contemporaneidade.No ano de 2004, o país-sede dos jogos voltou a ser Grécia e pela primeira vez a tocha olímpica passou por todos os continentes do planeta Terra, sendo inédita a sua presença no continente africano e na América do Sul. A tocha do ano de 2004 foi confeccionada com alumínio e madeira de oliveira, árvore sagrada para os gregos, medindo 68 centímetros e pesando 700 gramas.
A cidade que representou a América do Sul foi o Rio de Janeiro. Aqui e nas demais cidades por onde a tocha passaria, a responsável pelo Revezamento da Tocha foi a companhia Coca-Cola Brasil, que dessa vez organizou um pelotão social, no qual 12 pessoas escolhidas por seus trabalhos sociais levariam a tocha olímpica. Quatro pessoas foram selecionadas primeiramente, aceitando de imediato o convite: Zilda Arns Neumann, fundadora e coordenadora nacional da Pastoral da Criança; Daniel de Souza, filho do sociólogo Herbert de Souza, que atua na Coordenação Nacional de Combate a DST/Aids; a apresentadora Xuxa, responsável pela Fundação Xuxa Meneghel; e Rosa Célia, diretora médica do Pró-Criança Cardíaca. Estas pessoas ficaram incumbidas de convidar mais oito, fechando assim o pelotão social que contou com as seguintes personalidades: o antropólogo e pesquisador Rubem César Fernandes, diretor da organização não-governamental (ONG) Viva Rio; o coordenador Executivo do Grupo Cultural Afro Reggae, José Júnior; a presidente da ONG Faça Parte-Instituto Brasil Voluntário e do Instituto Cultural Itaú, Milu Villela; o presidente do Projeto Travessia, Gilmar Carneiro dos Santos; o economista Maurício de Andrade, coordenador geral da Ação da Cidadania Contra a Fome, a Miséria e pela Vida; o fundador do Centro de Estudos de Ações Solidárias da Maré (RJ), Jailson de Souza e Silva; o fundador e diretor-executivo do Comitê para Democratização da Informática (CDI), Rodrigo Baggio; e o membro-fundador do Movimento de Reintegração de Pessoas Atingidas pela Hanseníase, Cristiano Cláudio Torres.
A visibilidade que o Revezamento da Tocha Olímpica proporcionou às ações sociais representadas por seus integrantes, foi espetacular. Muitas pessoas se juntaram às causas e aderiram aos projetos, o que fez com que os empreendedores se sentissem realizados:
“Foi uma oportunidade de levar o fogo do amor, da fraternidade, uma soma de esforços para a paz, por um mundo mais justo e solidário.”
Zilda Arns Neumann
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