Tudo deve ser feito para que a vinda do bebê seja natural, com quase nenhum risco e sofrimento para a mãe e para o bebê.
A melhor maneira do bebê nascer é por parto normal, ou seja, pela vagina, quando nasce dessa maneira, o bebê nasce na hora certa, é mais ativo e tem mais força e vontade de mamar o colostro já nas primeiras horas de vida.
Essas primeiras mamadas aumentam as chances da mãe manter o aleitamento materno e dão mais proteção ao bebê.
O parto normal é melhor também para a mãe. Ela sente menos dor depois do parto e se recupera muito mais rápido. Com isso, fica mais disposta para cuidar de si mesma e do bebê. A cesariana só deve ocorrer em situações em que a saúde da mãe ou do bebê estão em risco. Quem avalia esses riscos é o médico, e a opinião da gestante sempre deve ser considerada.
Na hora de ir para o hospital, a gestante precisa levar:
- sua Caderneta da Gestante;
- um documento – que pode ser a identidade, carteira de trabalho, certidão de casamento ou de nascimento;
- seu Cartão do SUS, se tiver;
- uma sacola com suas roupas, absorventes e algumas roupinhas para o bebê.
O companheiro, as pessoas da família ou os amigos que moram perto, precisam conhecer os sinais de trabalho de parto e saber aonde levar a gestante. Assim, se sentirão mais seguros para procurar o hospital na hora certa.
Os sinais de que a hora do parto está chegando podem ser diferentes de uma mulher para outra e também de uma gravidez para outra. Em geral o trabalho de parto do primeiro filho é mais demorado.
Veja o vídeo Gerando Uma Vida – episódio 8: toda atenção aos sinais para o parto, do Ministério da Saúde.
Do lado oposto, o parto normal assegura que o bebê está pronto para nascer. A amamentação inicia-se naturalmente comandada pelos hormônios produzidos durante o trabalho de parto. A mulher se recupera de forma mais rápida e tem mais facilidade de cuidar do bebê. Hoje em dia há técnicas de amenização da dor e cuidados médicos que possibilitam as mulheres optarem pelo parto normal com maior segurança e tranquilidade. É sempre importante perguntar a profissionais capacitados sobre as principais dúvidas que permeiam o trabalho de parto e o parto normal. E se é da vontade da mulher optar por esse tipo de parto, quando se tem uma gestação sem riscos, sua decisão deve ser levada em consideração.
O Jornal Pastoral da Criança, na edição de março, destaca as vantagens do parto normal tanto para a mãe como para o bebê. Quando o bebê nasce por parto normal, ele é mais ativo, respira melhor e tem vontade de mamar o colostro já nas primeiras horas de vida. A mãe sente menos dor depois do parto e se recupera mais rápido. No parto normal, o vínculo entre mãe e filho se estabelece rapidamente.
Se tudo correr bem na gestação, é importante esperar que a mulher entre em trabalho de parto. De acordo com especialistas, a idade gestacional de menor risco para a criança está entre 39 e 41 semanas. Nascimentos anteriores a esta data – mesmo com 37 ou 38 semanas, ou após 41 semanas, apresentam maior risco de doenças para o bebê. Indução de parto ou cesariana antes de 39 semanas não devem ser realizadas, a não ser que o risco para o recém-nascido ou a mãe seja muito elevado – como sofrimento fetal, sangramento, eclâmpsia.
No parto normal, o vínculo entre mãe e filho se estabelece rapidamente. A mãe acolhe o bebê que se sente mais seguro ao ouvir seus batimentos cardíacos, sua voz e seu calor.
O bebê deve ser colocado no peito para mamar logo depois que nasce. Assim, além de receber o colostro, ele vai sentir o cheiro e o calor da mãe e ouvir sua voz. Com isso, o bebê começa a se acostumar, de um jeito mais tranquilo, à vida fora da barriga.
Se mãe e bebê estiverem bem, eles devem ficar em alojamento conjunto; isto é, o bebê deve ficar o tempo todo bem próximo de sua mãe, com o berço ao lado da cama dela.
No alojamento conjunto, o bebê poderá mamar sempre que quiser e será acarinhado pelos pais. Ficando com o bebê próximo, a mãe pode perceber quando alguma coisa não está bem com ele.
O alojamento conjunto é um direito garantido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.
A mulher, quando vai dar à luz, fica angustiada, porque chegou a sua hora. Mas depois que a criança nasceu, já não se lembra mais das dores, na alegria de um ser humano ter vindo ao mundo. Jo 16,21
Sinais de pré-trabalho de parto
Algumas semanas antes do parto, o corpo da gestante passa por transformações para se preparar para o parto:
- O bebê se posiciona mais para baixo na barriga da mãe, o que causa pressão na parte de baixo da barriga, às vezes acompanhada de dor nas costas;
- A barriga fica dura mais vezes — são as contrações, que antes eram fracas, sem dor, e agora passam ser mais fortes;
- Secreções vaginais em maior quantidade, às vezes de cor mais rosada, aparecem por causa do rompimento de algumas veias. Isso é causado pela descida do bebê, se posicionando para o nascimento.
Líder, nos últimos três meses de gravidez, a gestante deve evitar o trabalho pesado. Quando ela faz trabalho pesado e se cansa muito, o bebê pode até nascer antes do tempo. Fazer trabalhos leves e exercícios, por outro lado, ajuda no parto.
Sinais de trabalho de parto
Certos sinais indicam que o trabalho de parto está começando:
- Perda do tampão, que é uma espécie de muco elástico que fecha a abertura do útero e o protege contra bactérias e fungos. Às vezes, a perda do tampão pode acontecer dias antes do trabalho de parto se iniciar realmente.
- Dor que começa nas costas e ntos de cada mês na 4ª parte do Caderno do Líder.
- Contrações, que começam lentamente — a barriga fica dura por mais ou menos 30 segundos e depois relaxa. Essas contrações costumam vir de meia em meia hora.
- A família deve programar a ida para o hospital conforme a distância de sua casa ao hospital. Se for bem próximo, pode-se esperar até que as contrações aconteçam em intervalo de 10 em 10 minutos.
Caso a gestante não sinta cólica, mas comece a eliminar grande quantidade de água — a ponto de lhe escorrer pelas pernas — é sinal de que a bolsa de água que envolve o bebê se rompeu. É preciso ir logo para o hospital.
O nascimento de uma criança é a celebração da vida e da esperança. Um milagre de Deus se realizou.
Tudo deve ser feito para que a vinda do bebê seja natural, com quase nenhum risco e sofrimento para a mãe e para ele. Num parto bem assistido, mãe e bebê são tratados com respeito, carinho e atenção. São atendidos em locais com boas condições de higiene e por profissionais de saúde capacitados para prevenir ou resolver os problemas que possam aparecer.
Se possível, é bom que o pai esteja presente na hora do parto e logo após o nascimento. Isso mostra o compromisso dele com o bebê e ajuda na ligação entre eles.
Veja abaixo as diferenças entre o parto normal e o parto cesáreo:
Parto Normal | Parto Cesáreo | |
Prematuridade | Menor | Maior |
Respiração do Bebê | Favorece | Não Favorece |
Dor no trabalho do parto |
Pode ser dolorosa, com graduações. |
|
Dor na hora do parto | Também pode ser controlada com anestesia |
É sempre realizada com anestesia |
Dor após o parto | Menor | Maior, há necessidade de analgésicos mais forte |
Complicações | Menos frequentes | Acidentes anestésicos e hemorragias são mais comuns |
Infecções puerperal | Mais rara | Mais frequentes |
Recuperação | Mais rápida | Mais lenta |
Aleitamento Materno | Mais fácil | Mais difícil |
Custo | Menor | Maior |
Cicatriz | Menor (episiotomia)* | Maior |
Risco de morte | Muito baixo | Pequeno, porém maior do que no parto normal |
Futuras gestações | Menor risco | Maior risco |
* A episiotomia é um corte na região vaginal para facilitar a passagem do bebê, mas esta só é indicada em casos raros definidos pelo médico e deve ter o consentimento da gestante para ser realizada.
Veja o vídeo sobre Cuidados na primeira hora de vida são essenciais para saúde do bebê, do Ministério da Saúde: https://www.youtube.com/watch?v=E-PYHNRBn58&t=71s.
A lei nº 13.257, de 8 março de 2016, conhecida como Marco Legal da Primeira Infância, trata dos direitos das crianças da gestação aos 6 anos de idade. Ela estabelece o direito da gestante saber em qual maternidade ela vai fazer o parto no Sistema Único de Saúde - SUS, e o direito a um acompanhante de sua preferência durante o período do pré-natal, do trabalho de parto e do pós-parto imediato.
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