Há atualmente uma epidemia de cesáreas no Brasil. De acordo com o Ministério de Saúde, 52% dos partos realizados no país são cesáreas, muito acima da média mundial (18%) e da recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 15%. No setor privado, que inclui os planos de saúde, mais de 80% dos partos são realizados por meio de cesariana. A cesárea é uma cirurgia que pode gerar problemas para a mãe e para o bebê. Esse procedimento só deveria ser usado quando há risco de complicações e de morte. Pesquisas indicam que bebês nascidos duas semanas antes da hora têm 120 vezes mais chances de desenvolver problemas respiratórios agudos e, por consequência, de precisar de cuidados em UTI. Para as mulheres, a cesariana aumenta o risco de hemorragia e infecções, podendo levar à morte.

O parto, além de ser um ato fisiológico, é também um evento familiar, pessoal e sagrado e, em mais de 80% dos casos, não deveria ser um ato médico.

A cesárea, indicada em 10% a 15% dos casos, como recomenda a OMS (Organização Mundial da Saúde), é uma cirurgia de grande porte e maior risco. Ela somente deveria ser realizada no intuito de salvar a vida da mãe e/ou do bebê ou de evitar risco de dano à integridade da unidade mãe-bebê.

Os índices de cesárea no país e no mundo vêm crescendo, é verdade, na maioria das vezes por razões de conveniência do médico ou da mulher.

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