Após passarem um período de cerca de dois anos alojadas no bairro Tarumã, as internas do Lar das Meninas foram novamente trazidas para o bairro Mercês, em 1998, sob nova gestão. Porém, para seu retorno, o governo do estado construiu um novo espaço, um condomínio de Casas-Lares em terreno atrás do bosque, o qual ficou sendo coordenado pela Associação Padre João Roberto Ceconello (APJC). A criação das Casas-Lares buscava promover um contato mais individual no atendimento às crianças, proporcionando a elas um núcleo de convivência com características familiares. Em cada uma das casas, uma “mãe social” cuidava de cerca de nove crianças. A APJC, associação que ficou responsável pelas casas, possui direito privado, com caráter filantrópico e sem fins lucrativos e foi juridicamente oficializada em 1994, pelo Pe. João Ceconello, após longo período de trabalho em comunidades com pessoas carentes. Ela “é mantenedora de projetos humanitários, de melhoria na qualidade de vida, destinados às crianças, adolescentes e adultos vitimados pela exclusão social. É uma organização mantida através de parcerias, contribuições de associados e voluntários voltados para a causa da inclusão social” (ASSOCIAÇÃO, 2014). Ficaram sob responsabilidade desta associação tanto o condomínio quanto o bosque e a capela, mas o prédio central continua interditado.
Também no ano de 1998 foi criada a Pastoral da Sobriedade, organismo de ação social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a qual “tem como objetivo a busca da sobriedade como um modo de vida, tratando da dependência química e de outras dependências a partir da vivência dos '12 Passos da Pastoral da Sobriedade'” (CNBB..., 2014). Padre João Ceconello, em 1999, se tornou responsável em nível de arquidiocese dessa pastoral e, no ano seguinte, assumiu sua coordenação nacional, de maneira que em 2000 a capela pertencente ao antigo Lar das Meninas passou a ser a sede da Coordenação Nacional da Pastoral da Sobriedade.
Na sequência, a capela que abrigou a Pastoral da Sobriedade tornou-se a Matriz da Paróquia Pessoal Cristo Redentor, em 2007, tendo Padre João Ceconello como pároco. O objetivo desta paróquia era atender dependentes químicos e suas famílias, por meio de entrevistas, terapias de grupo, grupos de auto-ajuda e encaminhamento para serviços especializados e comunidades terapêuticas. Ela esteve em funcionamento até o final do ano de 2013 (CRISTO, 2014).
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