De acordo com o Relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) 2016, de maneira geral, as taxas de mortalidade até os cinco anos diminuíram consideravelmente no mundo. Porém, a publicação demonstra que essa redução não ocorreu em todos os países. Guiné-Bissau e Moçambique, por exemplo, continuam na lista dos 25 países onde essa taxa é mais elevada. A cada mil crianças guineenses nascidas, 93 não passam do quinto ano de vida. Entre as moçambicanas, esse número chega a 79 a cada mil. A falta de médicos, enfermeiros e demais profissionais de saúde torna a situação ainda mais grave.
O Relatório da Unicef mostra, ainda, que a desigualdade social aumentou da década de 1990, para os anos 2000, mantendo diversas situações de pobreza – o que traz consequências para todos, principalmente para as crianças, que ficam expostas à insalubridade, doenças, baixa escolaridade, falta de oportunidades melhores de desenvolvimento e, em muitos casos, não recebem alimentação e cuidados adequados.
Outro dado que chama a atenção é o índice de desenvolvimento humano (IDH), uma classificação internacional que leva em consideração saúde, educação, renda e expectativa de vida ao nascer. A escala vai de 0 a 1, sendo que quanto maior o número, melhor é a qualidade de vida da população. Entre 188 países avaliados, o Brasil está na 79ª posição, com IDH de 0,759. A Guatemala, por sua vez, é o 127º país, com 0,650. O Haiti possui o pior índice do continente americano (0,498) e ocupa o 168º lugar. Nas últimas posições, Guiné-Bissau está na 177ª, com apenas 0,455 – índice baixíssimo. E Moçambique na 180ª, com índice de 0,437 (Fonte: 2018 Human Development Report, ONU/PNUD).
Mudar essa situação envolve poderes públicos, gestores internacionais e locais, sociedade civil organizada, comunidades e famílias. Todos devem se empenhar em promover vida digna para as crianças e criar um ambiente favorável para que elas possam viver e se desenvolver plenamente.
Quando a Pastoral da Criança começou a agir no Brasil, a situação também era preocupante. Mas, muitos avanços foram conquistados, especialmente com informação e a dedicação dos líderes voluntários. Essa trajetória serve de exemplo para outros países, que podem colaborar com a transformação que suas populações tanto necessitam, por meio de uma metodologia simples e muita solidariedade. Essa mudança não é fácil e rápida. Por isso, a hora de mudar é agora, pensando sempre na missão de levar vida plena para todas as crianças.
Realizar a campanha Pequenos Reis Magos é uma forma concreta de exercer a fraternidade cristã, como nos pede o Papa Francisco, para que sejamos uma Igreja em saída. É uma maravilhosa oportunidade de celebrar o verdadeiro espírito de Natal, que é partilhar amor com os mais necessitados e glorificar a Deus na pessoa do irmão.
Por que ajudar?
Mudar a situação em que vivem os habitantes desses países, envolve poderes públicos, gestores internacionais e locais, sociedade civil organizada, comunidades e famílias. Todos devem se empenhar em promover vida digna para as crianças e criar um ambiente favorável para que elas possam viver e se desenvolver plenamente.
Ao participar da campanha, os Pequenos Reis Magos brasileiros, conhecem a situação em que vivem as crianças ao redor do mundo. Esta é uma ação que permite que as crianças e jovens aprendam sobre a realidade dos outros países despertando a solidariedade e o cuidado com o próximo. Esta iniciativa de animação e cooperação ajuda na construção de um mundo mais justo e fraterno.
Todo cristão deve ser discípulo missionário, sair de sua casa para ajudar os que mais precisam. Grupos de jovens, catequizandos, coroinhas e coral de crianças, podem se comprometer nas paróquias com esta ação missionária e evangelizadora.
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