As crianças não vivem em um mundo ideal. Desde cedo, eles devem lidar com frustrações, conflitos em suas relações com os pares na creche, pré-escola e escola, bem como com os pais e cuidadores em casa. O bullying e as práticas discriminatórias também podem começar a ocorrer nos primeiros anos e, portanto, é importante que as crianças aprendam a dizer 'pare', encontrem apoio e também se levantem quando outros estão sendo intimidados. Pais e cuidadores podem ajudar as crianças a identificar formas de resolver problemas e conflitos pacificamente.
O que diz ao seu filho: Desentendimentos e conflitos acontecem o tempo todo. Precisamos aprender a ver uma situação de diferentes ângulos (da perspectiva de seu amigo, colega, professor ou pais/cuidadores) e permanecer focados e calmos para responder a essas situações de maneira assertiva – positiva, respeitosa e pacífica .
Como você pode fazer: Você pode convidar a criança a dedicar algum tempo para irem a um espaço que a faça se sentir calma ou simplesmente para se acalmar respirando ou cantando calmamente uma música. Este espaço é para eles conversarem com você sobre o que estão sentindo e pensando sobre uma situação relacionada a outro adulto ou colega/amigo. É importante regular nossas emoções para poder ver uma situação de maneira diferente. Faça perguntas ao seu filho que lhe permitam ver a situação de diferentes perspectivas: O que aconteceu? O que você acha disso? Por quê? Por que você acha que eles fizeram/disseram isso? Será que seu amigo estava nervoso/triste/irritado por causa de outra coisa? O que podemos fazer para resolver isso de forma que ninguém se machuque e resolvermos o problema? Como posso ajudá-lo?
Mantenha a calma e nunca use ou incentive o uso de a violência ou punição para resolver o conflito. Ajude seu filho a encontrar estratégias por meio do diálogo, colocando-se no lugar do outro para desenvolver sua mente racional e coração bondoso.
Você também pode usar esta técnica de respiração para regular as emoções:
Passo 1 – Respire e pare
Pare a situação e convide as crianças/pessoas envolvidas a respirar fundo. Em vez de reagir imediatamente, peça a todos que se concentrem na respiração do corpo e no que está acontecendo dentro deles.
Passo 2 – Faça perguntas
Peça a cada criança/pessoa para pensar e depois permita que falem sem interrupções: Por que isso aconteceu? O que todos vocês fizeram? Por que você acha que a outra criança/pessoa fez isso? O que poderia estar acontecendo dentro deles para que isso acontecesse?
Passo 3 – Diálogo
Convide as crianças/pessoas a dialogar: podemos resolver isso de forma diferente, sem que ninguém se machuque? Precisamos pedir desculpas? Como podemos fazer isso?
Passo 4 – Reconheça o esforço
E incentive a criança a tentar resolver o problema.
Com crianças mais novas: As crianças desde o nascimento aprenderão com os seus exemplos, portanto, é importante que você pratique a resolução de conflitos de maneira pacífica, pois as crianças repetem o que observam. É natural as crianças pequenas terem dificuldade para explicar o que aconteceu ou como resolver uma situação. É importante incentivarmos as crianças a resolverem pequenos conflitos de forma pacífica e respeitosa com seus pares, pois assim estão desenvolvendo suas habilidades emocionais, sociais e comportamentais. Mas caso for preciso a mediação de um adulto, você pode descrever o problema ou conflito que ocorreu e perguntar: O que vocês acham que poderia ser feito para corrigirem isso? Se eles se esforçarem para encontrar uma alternativa, surgirão algumas opções apropriadas à idade para responder a ela. Permita que a criança ouça as duas opções que você deu e dê a ela a oportunidade de resolver o problema sozinha, com sua orientação.
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