Uma das situações que mais chama a atenção quando se fala em piolho e sarna é o desejo que se tem de ocultar o problema. É muito comum se ouvir de uma pessoa de situação econômica elevada, quando um profissional de saúde informa que seu filho tem piolho ou sarna, o seguinte comentário: “Não pode ser. Meu filho não pode ter piolho!”. Isso acontece por quê? Porque convencionou-se pensar que ter piolho e sarna é algo ligado à pobreza ou a falta de higiene e que só atinge uma camada da população, a mais desfavorecida. Nada tão errado, porque todas as crianças podem ter piolho e sarna, até mais de uma vez. É como se diz: Seja rico ou seja pobre, o piolho é um dos parasitas mais democráticos que existem. Associado a isto, vem o preconceito com relação a quem ou a qual lugar poderia ser o foco da transmissão. E o assunto é geralmente encoberto. Ninguém quer falar na escola, por exemplo, que seu filho está com piolhos. Isso é uma pena, pois ajudaria os outros pais e a comunidade a ficarem de olho se há outros casos para tratar e prevenir para que novos aconteçam.
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