Líder, explique aos pais e familiares que a criança come os mesmos alimentos que a família, só que em menor quantidade. Agora com 1 ano, como já tem mais dentes, consegue mastigar melhor. Ela já gosta de tentar comer e beber pegando a colher e o copo com suas mãozinhas. Fazendo isso ela vai aprendendo a comer sozinha. No entanto, é importante que os pais evitem soprar os alimentos ou usar os mesmos talheres da criança para prevenir a transmissão de microrganismos prejudiciais, garantindo uma alimentação mais segura e higiênica.
É bom falar para os pais que a criança vai fazer bagunça e que é preciso ter paciência. Ela gosta de mexer com a comida, e essa bagunça faz parte do aprendizado e das experiências que vai ter com a comida. Se brigarem com a criança enquanto ela estiver comendo ou mexendo com a comida, pode ser que ela dê mais trabalho para comer depois ou que pare de gostar das refeições.
Para evitar o desperdício de alimentos, é bom que os pais coloquem pequenas quantidades de cada alimento no prato da criança. Logo que ela comer o que foi colocado, os pais devem colocar mais comida, até que ela deixe resto no prato ou recuse mais alimentos.
Além de comer outros alimentos, é bom que a criança mame no peito nos intervalos das refeições. O leite materno continua sendo fonte de saúde para a criança após o 1º ano de vida!

Você pode compartilhar com a família a cartela de orientações gerais para crianças de 1 a 2 anos, a qual está no "Saiba mais" da pergunta da visita domiciliar "O bebê mama no peito?". A mesma se encontra no conteúdo complementar desta etapa.
Pois em muita comida entra a doença, e a intemperança conduz à cólica. Pela gula insaciável muitos pereceram; quem, porém, é sóbrio, prolonga a vida. (Eclo 37, 33-34)
Por que amamentar depois do primeiro ano de vida?
Segundo o Ministério da Saúde, o leite materno continua sendo uma importante fonte de nutrientes após os 6 meses de vida, além dos fatores de proteção que fazem parte de sua composição. A amamentação continuada eleva a imunidade e fortalece o sistema imunológico da criança, diminui o risco de alergia, promove uma melhor nutrição, reduz as chances de obesidade, de hipertensão, colesterol alto e diabetes, desenvolve os músculos da face e a cavidade bucal, favorece a capacidade cognitiva e minimiza os riscos de mortalidade em crianças mal nutridas. O aconchego desse momento tão especial torna os pequenos muito mais seguros e confiantes para explorar o mundo.
Entre os 6 e os 12 meses de vida, o leite materno pode contribuir com aproximadamente metade da energia requerida nessa faixa etária e 1/3 da energia necessária no período de 12 a 24 meses.

Dos 12 aos 24 meses, estima-se que 500 ml (dois copos) de leite materno fornecem:

- 95% das necessidades de vitamina C;
- 45% das de vitamina A;
- 38% das de proteína;
- 31% do total de energia necessária.
Está comprovado!
A pesquisa “Associação entre o aleitamento materno e inteligência, nível de escolaridade e renda aos 30 anos de idade: um estudo prospectivo de coorte de nascimento do Brasil”, que contou com a participação do professor Cesar Victora, avaliou se o tempo em que a mãe amamenta a criança está associado ao Quociente de Inteligência (QI), à quantidade de anos em que a pessoa estudará e à renda aos 30 anos.
Os resultados foram positivos! Os participantes que foram amamentados durante 12 meses ou mais apresentaram pontuações de QI mais alto (diferença de 3,76 pontos), em comparação com aqueles que foram amamentados por menos de 1 mês. Os que mamaram por mais de um ano, também tiveram escolaridade 10% maior e renda 33% superior do que aqueles que pararam de mamar no peito ainda no primeiro mês de vida.
+ 3,76 pontos de QI
+ escolaridade 10% maior
+ R$ 341 a mais de renda aos 30 anos
- e-Capacitação
- >
- e-Guia do Líder 2025
- >
- A criança de um a dois anos e 11 meses
- >
- Alimentação e aleitamento materno acima de um ano