Um casal de empresários anuncia no jornal que buscam uma menina com idade entre 12 e 18 anos para “adotar”. Ela deve residir na casa deles para ajudar a cuidar de um bebê de 1 ano. A história parece invenção, mas não é: aconteceu em Belém, Pará, no início de maio. “O discurso é sempre o mesmo: “É melhor trabalhar do que roubar. Eu trabalhei e não morri”. Nós não costumamos ver um discurso das consequências desse trabalho”, afirma Maristela Cizeski, representante da Pastoral da Criança no Conselho Nacional de Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) e coordenadora da Comissão de Políticas Públicas.