Pastoral da Criança Pastoral da Criança

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Missão

Missão

Missão da Pastoral da Criança

zilda arns com crianca no coloA inspiração bíblica da missão da Pastoral da Criança é também uma frase que a Dra. Zilda sempre repetia: “eu vim para que todas as crianças tenham vida e vida em abundância”, Jo 10, 10. Quem teve a feliz oportunidade de conviver com ela ouviu muitas vezes também sobre a importância da linda missão pela promoção e o desenvolvimento das crianças, gestantes e suas famílias.

Segundo o estatuto, nossa missão é promover o desenvolvimento das crianças, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, do ventre materno aos seis anos, por meio de orientações básicas de saúde, nutrição, educação e cidadania, fundamentadas na mística cristã que une fé e vida, contribuindo para que suas famílias e comunidades realizem sua própria transformação.

criancas em grupoÉ por este motivo que a Pastoral da Criança atua em todo o Brasil, acompanhando mais 360 mil crianças, mais de 18 mil gestantes e suas famílias, zelando pelo cuidado desde o nascimento e durante toda a primeira infância. Para que isso aconteça, mais de 42 mil voluntários estão mobilizados, sendo 33 mil líderes. Juntos, eles levam a missão Pastoral da Criança para mais de 2.600 municípios ,em mais de 16 mil comunidades.*meninas juntas em comunidade no brasil

Além disso, está presente em outros 11 países da América Latina, África e Ásia: Guiné-Bissau, Haiti, Peru, Filipinas, Moçambique, Bolívia, República Dominicana, Guatemala, Benin, Colômbia e Venezuela.

Nossa missão, desde 1983, é continuar sendo a presença do amor solidário de Deus neste mundo. Cada um de nós deve continuar o caminho de solidariedade, da partilha fraterna, da missão que nasce da fé em favor da vida, e que tem se multiplicado de comunidade em comunidade. 

voluntario visitando familia carente de mascaraA presença dos líderes na casa e na vida das famílias mais pobres é a manifestação viva do amor de Deus para com os mais frágeis, para com aqueles que mais necessitam da bondade e do carinho de Deus. Por isso, eles são a grande força que move a Pastoral da Criança.

Juntos, os líderes e voluntários realizam muito mais do que as importantes ações básicas e complementares. São, na prática, o exercício diário da solidariedade, da amizade e do amor ao próximo. Na convivência com a comunidade, além da partilha de conhecimento sobre saúde, nutrição, educação e cidadania, há doação de tempo, de escuta e a compreensão dos saberes dos outros, das diferenças e particularidades de cada local. Por vezes, os líderes e voluntários da Pastoral da Criança são os únicos que entram em casas de difícil acesso e constroem com as famílias uma relação de confiança que é levada para a vida toda. Em outros casos, chamam atenção das autoridades e fazem valer, junto com seus vizinhos,  os direitos das crianças e gestantes daquela comunidade, ou para resolver uma situação de dificuldade.

Para melhorar ainda mais este trabalho, a Pastoral da Criança desenvolveu o aplicativo Visita Domiciliar e Nutrição, que, além de auxiliar nosso voluntariado no acompanhamento às famílias, também possui um módulo de comunicação entre os voluntários, as famílias acompanhadas, coordenadores e multiplicadores. Com isso, são mais pessoas recebendo a melhor e mais relevante informação possível e com celeridade.

menina com celular no aplicativo visita domiciliarTemos certeza que a dedicação dos voluntários da Pastoral da Criança ajuda a produzir no Brasil uma mudança de mentalidade sobre os cuidados com a criança. As comunidades descobriram a sua força transformadora. Milhares de pessoas se sentem valorizadas onde vivem, sabem dialogar, assumem compromissos para melhorar a realidade em que vivem, fazem história e contribuem para a continuidade da história e a construção de uma sociedade de paz e solidariedade.

 

 

* Sistema de Informação da Pastoral da Criança, 3º trimestre de 2021.
Disponível em -- http://www.pastoraldacrianca.org.br – [ 2021 out 20 ]
(Para recalcular clique aqui).

  

Missão

“Para que todas as crianças tenham vida em abundância” (Cf. Jo 10, 10).

A missão da Pastoral da Criança é promover o desenvolvimento das crianças, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, do ventre materno aos seis anos, por meio de orientações básicas de saúde, nutrição, educação e cidadania, fundamentadas na mística cristã que une fé e vida, contribuindo para que suas famílias e comunidades realizem sua própria transformação.

 

Vídeos Mensagens de Fé é Vida

 
 

Mensagens de padres assessores

 

 



Missão da Pastoral da Criança

Folder Missão da Pastoral da Criança (Mobile)

folder missao

 Saiba mais sobre a Missão da Pastoral da Criança

Folder Missão da Pastoral da Criança (PDF)

caderno do lider novo

Saiba mais sobre a Missão da Pastoral da Criança

Folder Missão da Pastoral da Criança (PDF Impressão)

caderno do lider novo

Saiba mais sobre a Missão da Pastoral da Criança



  

 

Saiba mais sobre nossas ações de Fé é Vida clicando nos temas abaixo:

 

Promoção da Saúde

Detalhes
Última Atualização: 03/04/2025
1750 entrevista promocao da saude    

Todos queremos viver bem, com saúde e qualidade de vida. Mas por que algumas pessoas adoecem mais do que outras? Como podemos prevenir doenças e promover a saúde de forma eficaz? A saúde é um direito fundamental de cada indivíduo e representa um elemento essencial para o bem-estar e a qualidade de vida. Por isso, é fundamental investir na prevenção de doenças, na adoção de hábitos saudáveis e na garantia do acesso adequado aos serviços de saúde, promovendo condições dignas para toda a população.

A Pastoral da Criança desempenha um importante papel na promoção da saúde, atuando tanto nas comunidades, diretamente com as famílias, quanto no controle social, cobrando políticas públicas e ações do governo. Nosso trabalho inclui orientações sobre saúde e nutrição, ajudando a reduzir a incidência de doenças evitáveis e melhorando a qualidade de vida das crianças e suas famílias. Além disso, a Pastoral fortalece a mobilização social, incentivando o engajamento da população.

 

1750 entrevistado promocao da saude

Êndila Barbosa, enfermeira que atua na atenção primária à saúde.

ENTREVISTA COM: Êndila Barbosa, enfermeira que atua na atenção primária à saúde, no município de Manaus, estado do Amazonas.

Êndila, quais são as principais estratégias utilizadas para promover a saúde em comunidades vulneráveis, especialmente em gestantes e crianças?

ÊNDILA:

Para promover a saúde em comunidades vulneráveis, principalmente quando a gente fala de gestantes e crianças, as principais estratégias envolvem primeiro a educação e saúde, com campanhas e programas de cuidados durante a gestação e a amamentação. Também é importante garantir o acesso a cuidados médicos, comunidades de saúde próximas e visitas domiciliares. Além disso, é importante promover hábitos saudáveis, como alimentação adequada e o apoio à amamentação. Outro ponto fundamental são as ações intersetoriais, unindo saúde, educação e assistência social. O apoio psicológico também é essencial, principalmente para gestantes com suporte emocional. A prevenção de doenças por meio da vacinação e o envolvimento da comunidade para fortalecer redes de apoio também são estratégias- chave. Essas ações, quando bem implementadas, fazem uma grande diferença na saúde e no bem-estar das famílias.

Programa de rádio Viva a Vida 1750 – 07/04/2025 – Promoção da Saúde

Esta entrevista é parte do Programa de Rádio Viva a Vida da Pastoral da Criança.
Ouça o programa de 15 minutos na íntegra

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Êndila, qual é a importância da participação da comunidade no planejamento e execução de ações de promoção da saúde?

ÊNDILA:

A participação da comunidade no planejamento e na execução das ações de promoção da saúde é fundamental, porque garante que as intervenções sejam mais alinhadas às necessidades e as realidades dos locais. Então, quando as pessoas se envolvem, as ações se tornam mais eficazes e mais apropriadas, já que são considerados aspectos culturais, socioeconômicos e regionais. Além disso, o engajamento comunitário acaba fortalecendo a
confiança nos serviços de saúde, o que acaba resultando numa maior adesão às ações que são propostas. A autonomia também é promovida, porque os membros da comunidade se sentem mais empoderados para tomar decisões informadas sobre a sua própria saúde, e isso faz com que as ações de saúde sejam mais sustentáveis, porque a comunidade se torna responsável pelo sucesso e pela continuidade dessas iniciativas. A participação também acaba facilitando a identificação de barreiras que dificultam o ativo. Acesso a serviços de saúde, como distâncias ou custos, e o que permite também talvez adaptar as soluções. Então, esse engajamento cria um efeito multiplicador, em que as práticas saudáveis se espalham dentro da própria comunidade, ampliando o impacto das ações de saúde e promovendo uma mudança cultural mais duradoura.

Êndila, a senhora poderia falar brevemente dos direitos e deveres dos usuários do sistema de saúde, em especial das gestantes e crianças?

ÊNDILA:

Os direitos dos usuários do SUS, Sistema Único de Saúde, incluem o acesso universal e gratuito a serviços de saúde, como consultas médicas, exames, medicamentos, tratamentos, além do direito à informação sobre o seu estado de saúde e aos cuidados necessários. No caso das gestantes, elas têm direito a acompanhamento pré-natal, consultas regulares, exames de vacinação, além de orientação sobre cuidados durante a gestação e no pós-parto. Já as crianças têm direito à vacinação, acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, consultas pediátricas e acesso a tratamento de doenças. Quanto aos deveres, os usuários devem respeitar os horários e as regras do sistema de saúde, seguir as orientações médicas e colaborar para um bom funcionamento dos serviços. Gestantes e crianças, por exemplo, devem comparecer às consultas agendadas e seguir as recomendações para garantir a saúde e o bem-estar tanto delas quanto dos profissionais envolvidos. Direitos e deveres são fundamentais para garantir que todos tenham acesso a um atendimento de qualidade e para um bom funcionamento do sistema de saúde.

 

1750 testemunho promocao da saude

Vilma Cavalcanti de Sousa, Líder da Pastoral da Criança da Paróquia da Ressurreição.

(TESTEMUNHO) Vilma Cavalcanti de Sousa, Líder da Pastoral da Criança da Paróquia da Ressurreição, em Ceilândia, Brasília, Distrito Federal.

Vilma, por que é tão importante os líderes da Pastoral da Criança participarem dos Conselhos de Saúde de seus municípios?

VILMA:

É importante porque os líderes levam as reivindicações da Pastoral da Criança para o Conselho de Saúde. Eles apresentam a realidade das famílias acompanhadas com as suas necessidades, fortalecem a Pastoral da Criança no controle social, seja na questão da primeira dose de antibiótico, das vacinas, do saneamento básico, do alojamento conjunto e fazem isso,
principalmente, através dos articuladores de saúde. Os líderes também procuram ser ponte entre o conselho de saúde e a comunidade e eles propõem políticas públicas para que possam melhorar a qualidade de vida das crianças e das famílias.

1750 testemunho2 promocao da saude
Vilma Cavalcanti de Sousa (esquerda) representa a Pastoral da Criança no Conselho Local de Saúde de Ceilândia (DF) 

 

Leia a entrevista na íntegra

1750 – 07/04/2025 – Promoção da Saúde

 

Saiba mais

Atividades do líder da Pastoral da Criança

Promoção da Saúde e da Alimentação Adequada e Saudável

Saúde da Criança

 

E SDG Icons NoText 033º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável

“Boa saúde e bem-estar”

Garantir o acesso à saúde de qualidade e promover o bem-estar para todos, em todas as idades

Dra. Zilda

“Não podemos esquecer também das políticas públicas, de lutar pela melhoria da qualidade de vida de nossas famílias, melhor assistência pré-natal, ao parto e melhores escolas“.

Papa Francisco

“O trabalho de vocês, queridos amigos, nasceu graças a esta dinâmica: de ter sido capaz de transformar a experiência do sofrimento em proximidade à dor dos outros”.

Saúde Como a Pastoral da Criança faz Missão

Páscoa e Esperança

Detalhes
Última Atualização: 09/04/2025
1751 entrevista pascoa    

Celebrar a Páscoa é celebrar a esperança e a vida nova que brota da Ressurreição de Cristo. Hoje, diante de tantas dificuldades e desafios, qual é a esperança que cultivamos? Nas palavras de Dom Frei Severino Clasen, Presidente da Pastoral da Criança, “celebrar a Páscoa é ressurgir com Cristo para uma vida plena em Deus”, reafirmando que a esperança é o que nos move e nos sustenta em nossas caminhadas diárias, especialmente diante das adversidades.

A Pastoral da Criança vive intensamente essa mensagem pascal durante todo o ano, por meio dos líderes voluntários que são verdadeiros peregrinos de esperança, que “levam às famílias a mensagem do Cristo Ressuscitado, promovendo vida, solidariedade e transformação”, como ressalta a coordenadora nacional Maria Inês Monteiro de Freitas. Assim, a Pastoral da Criança reforça o significado mais profundo da Páscoa, que é renovar a esperança, superar os sofrimentos e promover a vida em abundância para todas as crianças e suas comunidades.

 

1751 entrevistado pascoa

Dom Frei Severino Clasen, Arcebispo de Maringá, Paraná, e Presidente do Conselho Diretor da Pastoral da Criança.

ENTREVISTA COM: Dom Frei Severino Clasen, Arcebispo de Maringá, Paraná, e Presidente do Conselho Diretor da Pastoral da Criança.

Dom Severino, na Páscoa, celebramos a ressurreição de Cristo. O que é ressurreição?

DOM FREI SEVERINO:

A ressurreição é dar plenitude à vida. Ela ultrapassa o nosso limite desse mundo e nós ressurgimos para a glória de Deus. Como Jesus, quando ele, três dias sepultado, ressuscita, ou seja, ressurge com a vida plena em Deus. É viver na glória de Deus. Eu sou a vida e a ressurreição. Quem crê em mim terá a vida eterna. Está aí.

Como as pessoas que sofrem podem experimentar a vitória da Ressurreição?

DOM FREI SEVERINO:

O Papa Francisco foi muito inteligente. Além disso, é um homem com intimidade com Deus. É um homem de profunda oração, uma mística apurada. É aquele que de fato entendeu a missão de Jesus e, por isso, ele quer viver intensamente o ano jubilar, ou seja, os 2.025 anos da encarnação de Jesus Cristo, para dizer a cada um de nós, nós somos peregrinos, nós somos caminhantes, nós estamos em movimento para chegarmos ao reino definitivo. Nós caminhamos carregados de esperança. A esperança nos move a caminhar. Jesus sempre nos aponta cruz, sempre o caminho da boa nova nos leva a superar, a ultrapassar os sofrimentos da cruz, como ele fez. Ele conseguiu superar tudo, os escárnios, pregados na cruz, muito sangue derramado, a agonia, tudo isso tem que ser superado pela esperança. E, por isso, a Páscoa é a festa da esperança que nos leva a superar a cruz, e a cruz se motiva para nós superarmos as nossas dificuldades no dia a dia.

Programa de rádio Viva a Vida 1751 – 14/04/2025 – Páscoa

Esta entrevista é parte do Programa de Rádio Viva a Vida da Pastoral da Criança.
Ouça o programa de 15 minutos na íntegra

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Dom Frei Severino, qual é a sua mensagem de Páscoa para os nossos ouvintes?

DOM FREI SEVERINO:

A paz esteja convosco. Essa é a grande mensagem que Jesus faz na manhã da ressurreição. Quando ele aparece aos discípulos, a primeira palavra é a paz. Paz na sua família, paz para as crianças, paz para as gestantes, paz para as nossas comunidades, paz para o mundo inteiro. É o que nós queremos, é o que desejamos. Paz é a atitude, é a esfera, é a atmosfera que nos coloque em sintonia, em harmonia, em felicidade. Páscoa é felicidade, porque Cristo, ressuscitado, promove e pede a paz para todos nós. E, por isso, eu desejo a você, a todas as pessoas, uma Páscoa feliz, que tenham muita paz, muita saúde, e que a bênção de Deus seja a bênção da paz e da harmonia em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém. 

 

(TESTEMUNHO) Ana Paula Damaceno Oliveira, Coordenadora Diocesana da Pastoral da Criança de Imperatriz, estado do Maranhão.

Ana Paula, como os líderes da Pastoral da Criança celebram a Páscoa nas comunidades?

ANA PAULA:

É que a mensagem da Páscoa é vivenciada durante todo o ano nas nossas celebrações da vida. Mas de modo particular, nesse período específico em que a gente celebra a Páscoa, a gente tenta trazer para essas famílias e para essas crianças o sentido real da Páscoa para nós, que é de uma passagem, que é de uma vida nova, que é de uma vida plena, que é de uma vida em abundância. E isso a gente vai tentar fazer de forma, às vezes, mais lúdica. Todo o ambiente é preparado com cartazes, com mensagens que vão reforçar esse sentido real da Páscoa. E a gente esclarece e traz para essas crianças esse desejo de que essa Páscoa se dê durante toda a nossa vida.

 

1751 testemunho pascoa

Milton Dantas, Secretário do Conselho Diretor da Coordenação Nacional da Pastoral da Criança..

Milton Dantas, Secretário do Conselho Diretor da Coordenação Nacional da Pastoral da Criança também trouxe a sua mensagem de Páscoa.

MILTON:

Nós, da Pastoral da Criança, fazemos muitos sacrifícios para que a vida seja plena. E nesse tempo de Páscoa, passagem da morte para a vida, nós trazemos a Pastoral da Criança, nos reaviva a esperança, reaviva a nossa fé, e nós somos, assim, essas pessoas que fazem com que a Pastoral tenha vida, do jeito que é o lema, para que todas as crianças tenham vida e vida em abundância. Nós estamos na Pastoral para a esperança ser fortalecida, para que a nossa vida possa ser, de fato, vida. E, muitas vezes, precisa desse sacrifício. Páscoa é isso, sair do sacrifício para a esperança da vida. Portanto, neste tempo pascal, nesse tempo de mudança, quero desejar a você que o meu Deus saúde o seu e diga: “Viva!” Uma feliz Páscoa!

 

Leia a entrevista na íntegra

1751 – 14/04/2025 – Páscoa

 

Saiba mais

Páscoa: ensinamentos e reflexão

Páscoa, como vencer a morte e celebrar a vida?

Não há tristeza onde existe verdadeira Páscoa

A páscoa que acontece todos os dias

 

Dra. Zilda

“Páscoa significa vida nova. É acreditar na força e presença de Cristo Ressuscitado que nos fortalece, orienta e conduz“.

Papa Francisco

“Que a luz da ressurreição ilumine nossas mentes e converta nossos corações, conscientizando-nos do valor de toda vida humana, que deve ser acolhida, protegida e amada.”.

Espiritualidade Missão Datas comemorativas

Dia Mundial da Tuberculose

Detalhes
Última Atualização: 14/03/2025
1748 entrevista dia mundial de combate a tuberculoseCampanha da Organização Mundial da Saúde reforça a urgência de agir para atingir o objetivo de acabar com a epidemia de tuberculose até 2030.

A tuberculose é uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada Mycobacterium tuberculosis. Ela atinge principalmente os pulmões, mas também pode afetar outros órgãos. A transmissão acontece pelo ar, quando uma pessoa doente tosse, espirra ou fala, espalhando a bactéria.

A tuberculose continua sendo uma das doenças mais perigosas do mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2023, 10,8 milhões de pessoas ficaram doentes e 1,25 milhão morreram. Na América Latina, cerca de 900 pessoas adoecem todos os dias e quase 100 morrem diariamente por causa da doença.

No Brasil, a tuberculose ainda é um grave problema de saúde pública, principalmente entre os mais pobres. A falta de informação, o preconceito e as dificuldades sociais são barreiras para acabar com a doença.

As crianças estão entre as mais vulneráveis às formas graves da doença, como a meningite tuberculosa. Por isso, é muito importante que todas sejam vacinadas com a BCG, que protege contra as formas mais graves da tuberculose.

Sintomas da tuberculose

  • Tosse por mais de três semanas;
  • Febre baixa no fim do dia;
  • Suor noturno;
  • Falta de apetite e perda de peso;
  • Cansaço extremo.

A boa notícia é que a tuberculose tem cura, desde que o tratamento seja feito direitinho, até o fim. O tratamento é gratuito no SUS e dura cerca de seis meses.

Quer saber mais sobre como prevenir e tratar a doença? Confira a entrevista completa com o enfermeiro e membro da equipe técnica da Pastoral da Criança, Gean Souza Soares.

 

1748 entrevistado dia mundial de combate a tuberculose

Gean Souza Soares, Enfermeiro da Coordenação Nacional da Pastoral da Criança.

ENTREVISTA COM: Gean Souza Soares, Enfermeiro da Coordenação Nacional da Pastoral da Criança.

Qual é o panorama da tuberculose no Brasil, Gean?

GEAN:

O panorama da tuberculose no Brasil ainda é preocupante, porque o número de casos aumenta a cada ano. A doença continua a ser um desafio de saúde pública, especialmente em estados com maior desigualdade socioeconômica, como Amazonas, Pernambuco, Maranhão e Rio de Janeiro. E fatores de risco para a tuberculose incluem pobreza, desnutrição, tabagismo, uso de drogas, pessoas convivendo com HIV/Aids, além de condições de vida precárias, como superlotação e falta de ventilação adequada. A desigualdade no acesso à saúde, junto com o estigma social que ainda envolve a tuberculose, agrava esse cenário e o país também enfrenta desafios em relação ao controle de formas multirresistentes da doença.

Gean, a tuberculose tem tratamento e cura?

GEAN:

Sim, a tuberculose tem tratamento e cura. O tratamento é baseado em uma combinação de antibióticos. São quatro antibióticos utilizados. Nos casos menos graves o tratamento é feito por seis meses. Mas pode se postergar até por um ano. A adesão rigorosa ao tratamento é crucial, pois o abandono pode levar ao surgimento de cepas resistentes da bactéria. Em casos de tuberculose multirresistente, o tratamento é mais intenso. A cura é possível quando o tratamento é seguido corretamente, mas o não cumprimento das orientações médicas pode levar a complicações graves, incluindo a morte.

Programa de rádio Viva a Vida 1748 - 24/03/2025 - Dia Mundial de Combate à Tuberculose

Esta entrevista é parte do Programa de Rádio Viva a Vida da Pastoral da Criança.
Ouça o programa de 15 minutos na íntegra

Your browser does not support the audio element.

Gean, como está a situação da vacina BCG no Brasil?

GEAN:

A vacina BCG é fundamental na prevenção de formas graves de tuberculose, especialmente nas crianças. No Brasil, a vacina é administrada ao nascer, como parte do calendário vacinal, e tem se mostrado eficaz na prevenção de formas extrapulmonares e meningite tuberculosa. No entanto, sua eficácia contra a tuberculose pulmonar adulta, que é a forma mais comum da doença, é limitada. A cobertura vacinal no Brasil é alta, mas o sistema de saúde enfrenta desafios em garantir que todas as crianças sejam vacinadas adequadamente.

Gean, como a sociedade pode colaborar no combate à tuberculose?

GEAN:

Primeiramente, é fundamental a conscientização sobre a doença, seus sintomas e formas de prevenção. Campanhas educativas e o aumento do conhecimento público sobre a importância do diagnóstico precoce podem salvar vidas. Além disso, combater o estigma associado à doença é essencial para que as pessoas busquem ajuda médica sem medo de discriminação. As famílias e comunidades podem apoiar os pacientes durante o tratamento, ajudando a garantir que sigam as orientações médicas. Melhorar as condições de vida das populações vulneráveis, como acesso à alimentação adequada, saneamento e cuidados médicos, também desempenha um papel importante na prevenção. E, por fim, o engajamento em políticas públicas de saúde e a cobrança de maior investimento em saúde pública e na infraestrutura do sistema de saúde são essenciais para o controle da doença no país.

 

Leia a entrevista na íntegra

1748 - 24/03/2025 - Dia Mundial de Combate à Tuberculose

 

E SDG Icons NoText 033º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável

“Boa saúde e bem-estar”

3.3 Até 2030, acabar com as epidemias de AIDS, tuberculose, malária e doenças tropicais negligenciadas, e combater a hepatite, doenças transmitidas pela água, e outras doenças transmissíveis

Dra. Zilda

"Porque esse encanto que se tem no coração quando a gente coloca em prática para o bem da família, para o bem da comunidade: esse ano é sempre iluminado com a paz e o amor de Deus. Vamos trabalhar na Pastoral da Criança! Que a Pastoral da Criança é assim: quanto mais a gente se dá, mais Deus dá para a gente”.

Papa Francisco

 “Rezemos por todas as pessoas atingidas por esta doença e por todos os que, de diversos modos, as apóiam”.

Saúde Missão Datas comemorativas

Dia mundial de conscientização sobre o autismo

Detalhes
Última Atualização: 31/03/2025
1749 entrevista dia mundial de conscientizacao sobre o autismo

Líder Márcia Rosa, no Rio Grande do Sul, acompanha o menino Théo desde pequeno

Nesta semana, em que se comemora o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo (2 de abril), o tema em destaque é a importância do diagnóstico precoce, do tratamento terapêutico e do enfrentamento ao preconceito. Uma em cada 36 crianças é diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA), conforme dados do CDC – Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos. Diante desse cenário, torna-se essencial compreender melhor o que é o TEA e de que forma é possível apoiar o desenvolvimento de crianças com autismo. Diferentemente do que muitos imaginam, o autismo não é uma doença, mas sim um transtorno complexo do neurodesenvolvimento, cujas causas ainda são pouco conhecidas.

Para abordar o tema, a psicóloga Lara Helena de Souza Frasson, autista e atuante em Curitiba (PR), foi convidada a compartilhar seus conhecimentos e experiências.

 

Saiba mais

Autismo: conhecer para quebrar preconceitos

Como perceber e conviver com uma criança autista

Autismo em casa: um desafio tratado com amor

 

Materiais educativos

Tópico do e-Guia

Crianças com diferença no funcionamento de seu organismo

e-Autismo

Pastoral da Criança - Material EAD

 

1749 entrevistado dia mundial de conscientizacao sobre o autismo

Lara Helena de Souza Frasson, psicóloga, autista, que trabalha em Curitiba, Paraná.

ENTREVISTA COM: Lara Helena de Souza Frasson, psicóloga, autista, que trabalha em Curitiba, Paraná.

Quais são os sinais de autismo que os pais podem perceber no bebê e que precisam procurar ajuda?

Nós nascemos autistas, não é algo que a gente passa a ter ao longo da vida. Então, desde bebê a gente consegue já perceber alguns sinais. O bebê autista, por exemplo, tem dificuldade de manter o contato visual. Ele tende a ficar menos receptivo aos sons do ambiente, a perceber os estímulos. Quando a gente conversa com o bebê autista, ele tende a não prestar tanta atenção, a não reagir tanto. Ele fica mais focado nas coisas que são ali do interesse dele. Então, a gente chama o bebê, ele não olha. Quando a mãe está amamentando, ele não faz tanto contato visual, não tem tanta essa conexão. A gente faz barulhos perto dele e ele não está responsivo, ele fica mais passivo. A gente já pode perceber alguns comportamentos repetitivos.

Como a família pode contribuir com os cuidados e estímulos necessários para o desenvolvimento da criança autista?

A família é essencial. A gente não tem avanços se a família não está engajada com a gente nas terapias. Então, é realmente a família que vai passar a entender o mundo através dessas lentes da mente do filho dela. É conseguir entender aquela sensação, o que acontece, como ele funciona, as coisas que dão crises, as coisas que ele gosta e que acalmam ele, conseguir adaptar o ambiente para que fique mais fácil essa trajetória, essa jornada com a criança. Então, toda intervenção que realmente é séria, é para que os pais saibam para o filho deles como eles precisam estar agindo.

Viva a VidaPrograma de rádio Viva a Vida 1749 – 31/03/2025 – Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo

Esta entrevista é parte do Programa de Rádio Viva a Vida da Pastoral da Criança.
Ouça o programa de 15 minutos na íntegra

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Quais são os principais direitos e benefícios sociais do autista?

Bom, para efeitos legais, a pessoa autista é uma pessoa com deficiência e ela tem todos os direitos da lei brasileira para a pessoa com deficiência. A gente tem direito a ter fila prioritária, atendimento prioritário. A gente tem direito à isenção de alguns impostos, IPTU, IPVA, compra de carro. As famílias de baixa renda têm direito ao BPC - Benefício de Prestação Continuada, que é o benefício para pessoas com deficiência no governo. A gente tem direito a que os acompanhantes estejam conosco nos ambientes. Tudo isso não é privilégio. Isso é o direito de estarmos incluídos na sociedade de uma maneira com que a gente consiga estar bem, para que a gente possa conviver da mesma forma com que todas as outras pessoas, de ter lazer, diversão, saúde e educação. Infelizmente esses direitos são muito negligenciados e eu acho que a questão da inclusão escolar é uma das nossas prioridades na nossa luta, porque ela ainda é muito precária e a gente não pode deixar de lutar por isso.

 

 

 

1749 testemunho dia mundial de conscientizacao sobre o autismo

Márcia Rosa, líder da Pastoral da Criança na Diocese de Frederico Westphalen, Paróquia Santo Antônio, Comunidade Vila Paraíso, em Palmeira das Missões - Rio Grande do Sul..

(TESTEMUNHO) Márcia Rosa, líder da Pastoral da Criança na Diocese de Frederico Westphalen, Paróquia Santo Antônio, Comunidade Vila Paraíso, em Palmeira das Missões - Rio Grande do Sul.

Márcia, como os líderes da Pastoral da Criança orientam as famílias que têm crianças com autismo?

Há quatro anos e nove meses acompanho Théo, menino autista, e sua família, oferecendo apoio espiritual e orientação para que encontrem sentido e propósito em sua caminhada. Além disso, estendo minha escuta e acolhimento para ajudá-los a enfrentar os desafios emocionais do autismo com mais serenidade e esperança. Minha missão também inclui auxiliar na busca por recursos e soluções que melhorem a qualidade de vida do Théo e fortaleça a sua família. Esse compromisso reflete o verdadeiro propósito da Pastoral da Criança, estar presente e compartilhar amor e levar fé e solidariedade a quem mais precisa.

 

Leia a entrevista na íntegra

1749 – 31/03/2025 – Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo

 

44º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável

“Garantir o acesso à educação inclusiva, de qualidade e equitativa, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos”.

4.5
Até 2030, eliminar as disparidades de gênero na educação e garantir a igualdade de acesso a todos os níveis de educação e formação profissional para os mais vulneráveis, incluindo as pessoas com deficiência, povos indígenas e as crianças em situação de vulnerabilidade.

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Dra. Zilda

“Na Pastoral da Criança, você é aquele anjo, ungido por Deus para a missão especial de garantir a vida e a dignidade das crianças em sua comunidade e no país”.

Papa Francisco

“Encorajo vocês a continuarem o seu trabalho caminhando junto às pessoas com autismo: não só para elas, mas antes de mais nada com elas".

Saúde Desenvolvimento infantil Missão

Identidade racial na infância

Detalhes
Última Atualização: 17/03/2025
1747 entrevista identidade racial na infancia

A construção da identidade racial na infância é um processo influenciado pelo meio social ao qual a criança pertence. Desde cedo, meninos e meninas negras percebem como sua cor de pele impacta a forma como são tratados e representados. De acordo com a psicóloga e pesquisadora Margoth Nandes da Cruz, o racismo estrutural cria uma diferenciação entre as pessoas, e isso se reflete nas experiências das crianças. Por isso, é essencial que a sociedade reconheça e combata essas desigualdades para garantir que todas as crianças tenham um ambiente seguro e acolhedor para crescer.

Apesar dos avanços na discussão racial no Brasil, ainda há muitos desafios a serem superados. É fundamental que crianças negras tenham o direito de viver sua infância de forma plena, sem que sua identidade seja reduzida a estereótipos negativos ou tentativas de “embranquecimento”. Para isso, é necessário que famílias, educadores e profissionais da área da infância estejam preparados para acolher, orientar e fortalecer a autoestima dessas crianças.

Nesse contexto, a Pastoral da Criança e seus líderes voluntários desempenham um papel essencial ao oferecer suporte e informações para famílias e comunidades, contribuindo na construção de um ambiente mais justo e inclusivo. A rede de apoio criada por essas lideranças pode ajudar pais e mães a lidarem com as questões raciais de forma sensível e educativa, promovendo a autoestima das crianças negras e fortalecendo a luta antirracista. Na entrevista a seguir, aprofundaremos essa discussão, trazendo reflexões importantes sobre os impactos do racismo na infância e estratégias para a construção de uma sociedade mais equitativa.

 

Saiba mais

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1747 entrevistado identidade racial na infancia

Margoth Nandes da Cruz, psicóloga formada pela UFPR e mestre em Psicologia Clínica pela PUC-SP.

ENTREVISTA COM: Margoth Nandes da Cruz, psicóloga formada pela UFPR e mestre em Psicologia Clínica pela PUC-SP. Tem formação em Psicologia e Relações Raciais pelo AMMA Psique e Negritude. Atualmente, é professora de Psicologia na Fundação Santo André. Atua como psicoterapeuta desde 2018, com prática orientada pela psicologia histórico-cultural.

Margoth, qual é a importância de discutir sobre as questões de identificação e constituição de identidade nas crianças negras?

MARGOTH:

É extremamente importante que a gente discuta sobre as questões raciais, que a gente compreenda a dinâmica racial do nosso país, que foi constituído por uma diferença racial que continua existindo. No nosso processo de constituição de sujeito, nós vamos se entendendo a partir do que dizem que nós somos. Isso vale para a identidade racial. Então, se somos qual a nossa cor, o que se entende por essas identidades da pessoa negra, da pessoa branca e de outras identidades não-brancas, isso também vale para demais características que nos constituem. Se é menino ou menina, se tem ou não uma deficiência, qual é a classe social que a pessoa pertence. Então, no caso das crianças negras, muitas vezes são os adultos e as outras crianças que vão, conscientemente ou não, ter um tratamento diferenciado, determinado pela cor da pele. O mesmo também vale para as crianças brancas, que comumente vão ter um tratamento social mais positivo, e isso também vai impactar na constituição da identidade. Então, é importante para as crianças negras, e também para todas as pessoas, a compreensão de que as relações sociais são importantes na nossa sociedade.

Qual é a importância da representatividade negra no processo de desenvolvimento da criança?

MARGOTH:

O tema da representatividade por si só é bastante importante. É importante que a gente reconheça quais são as representatividades que já existem, o que é referido quando se fala da população negra, sobretudo para as crianças, que já são uma população mais vulnerável. Se a gente pensar numa representatividade positiva, que valoriza os aspectos da população negra e a sua cultura, sim, é extremamente importante. E aí a gente pode compreender também o que são as representatividades negativas que influenciam o processo de desenvolvimento da criança. Isso porque, como eu já mencionei, nós vamos nos entendendo a partir dessas referências que já existem. Então vai fazer muita diferença, por exemplo, no desenvolvimento de uma criança negra, se dizem que o cabelo crespo igual o dela é bonito, ou se dizem o contrário, que é feio, que é sujo. Então é importante esse olhar sobre qual é a qualidade dessa representatividade exposta para a criança e a identificação do que é característico dela com essa referência.

Viva a VidaPrograma de rádio Viva a Vida 1747 – 17/03/2025 – Identidade racial na infância

Esta entrevista é parte do Programa de Rádio Viva a Vida da Pastoral da Criança.
Ouça o programa de 15 minutos na íntegra

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Desde muito novas, as crianças negras se deparam com um tipo de “preparação”, dada pelos seus familiares, para situações de racismo que possam vir a encontrar: como devem se comportar, situações que devem evitar e assim por diante. Como deve ser a atitude da família?

MARGOTH:

Casos assim já indicam uma consciência racial, uma consciência de que essa criança é negra, incentivar a negritude dela e de informar sobre como o racismo estrutural funciona na nossa sociedade, o que é distinto já do movimento do mito da democracia racial que eu mencionei anteriormente. Geralmente, esses familiares agem com intenção de proteger a criança de uma futura violência racial que ela possa sofrer, sabendo que sofrer racismo gera muito sofrimento e possíveis prejuízos que são difíceis de mensurar. Nesses casos, eu tenho principalmente duas pontuações. A primeira é de que esse responsável que quer trazer essa orientação para a criança entenda qual é essa idade da criança e a partir dessa idade, qual a comunicação mais adequada para se trazer esse conteúdo, que é um conteúdo delicado, mais importante. Digo isso porque há possibilidades distintas de trazer o mesmo conteúdo para uma criança de 3 anos, para uma criança de 6 anos e para uma criança de 11 anos, por exemplo. Então, buscar aprender um tanto sobre a especificidade da idade da criança negra que quer puxar esse assunto e adequar esse discurso. O segundo ponto é manter uma postura acolhedora, uma postura aberta para discutir sobre isso. E uma postura acolhedora para caso se confirme no futuro a violência racial. Esse trato amoroso e respeitoso, é muito importante em todas as circunstâncias, mas principalmente nesse assunto mais delicado. E, nesse sentido, a psicologia pode contribuir bastante para instruir como realizar esse movimento.

Como você acredita que esse encontro prematuro com a discriminação afeta a construção da sua identidade e subjetividade?

MARGOTH:

Quando nós falamos do encontro com o racismo, nós estamos falando de violência. Duas décadas atrás o Conselho Federal da Psicologia fez uma campanha que tinha a seguinte chamada: “o racismo humilha, a humilhação faz sofrer.” Então nós estamos falando de uma tentativa de humilhar um outro pela sua aparência e racialidade e esse fato por si só já gera muito sofrimento. E quanto mais novo, mais difícil compreender esse ataque e essa ferida, e é difícil também mensurar as marcas que isso gera. E aí a gente vai entendendo também que a criança não tem necessariamente recursos para se auto proteger. Ela precisa de terceiros que façam esse movimento de proteção ou de restauração de um dano sofrido. E aí, nesse sentido, eu vou destacar um ponto também bastante importante: para além da violência quando ela já ocorre, como é lidado com esse acontecimento? O manejo vai ser extremamente importante para o processo de elaboração da experiência. Quando após uma violência a vítima é amparada, recebe zelo e suporte, isso pode reduzir muito os danos da violência sofrida. E o inverso igualmente. Após essa violência, se a vítima é deslegitimada, culpabilizada, essa violência é negada, é gerado isolamento, essa experiência vai ser elaborada de uma forma muito ruim e possivelmente vai ter muito mais danos para o processo do desenvolvimento da criança. Então, ressaltando, para a criança é importante que ela tenha um espaço o mais protegido possível e tenha acesso a esse zelo, seja comentado em relação a isso e que direcione esse fortalecimento da criança com ela mesma. Isso por si só não vai garantir que a criança vai estar imune ao sofrimento, porque o sofrimento faz parte da vida. Mas é diferente nesse sentido das situações de violência estrutural.

 

1747 mensagem identidade racial na infancia

Maria Inês Monteiro de Freitas, Coordenadora Nacional da Pastoral da Criança..

(MENSAGEM) Maria Inês Monteiro de Freitas, Coordenadora Nacional da Pastoral da Criança.

MARIA INÊS:

A autoestima de uma pessoa, uma visão positiva sobre si mesma, na maioria das vezes, é formada na infância. Quantas pessoas hoje carregam memórias tristes de preconceitos, bullying, e atitudes e palavras racistas. Por isso, é preciso conversar sobre esse assunto desde a infância, para ajudar a criar uma forte identidade racial nas crianças, para que elas tenham orgulho de ser quem são e como são. Embora não exista momento certo para iniciar essa conversa, quanto mais cedo, melhor, para que a criança tenha informações, quando tiver suas interações sociais, e seja capaz de dialogar em questão de igualdade, ressaltando a beleza e a importância da diversidade, para que também a criança não aceite provocações, nem comentários maldosos sobre sua aparência, seu jeito de agir e ser. Com diálogo, sabedoria, e empatia, podemos orientar as crianças para que percebam que são únicas no mundo, preciosas tal como são, porque são frutos da maravilhosa criação das mãos de Deus.

 

 

Leia a entrevista na íntegra

1747 - 17/03/2025- Identidade racial na infância

 

E SDG Icons NoText 0310º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável

“Garantir a igualdade de oportunidades e reduzir as desigualdades de resultados, inclusive por meio da eliminação de leis, políticas e práticas discriminatórias e da promoção de legislação, políticas e ações adequadas a este respeito”

10.2 Até 2030, empoderar e promover a inclusão social, econômica e política de todos, independentemente da idade, gênero, deficiência, raça, etnia, origem, religião, condição econômica ou outra

.

Dra. Zilda

“Há muito o que se fazer, porque a desigualdade social é grande. Os esforços que estão sendo feitos precisam ser valorizados para que gerem outros ainda maiores”.

“A luta deve continuar para haver políticas públicas que gerem oportunidades iguais para todos”.

Papa Francisco

“O racismo é um vírus que se transforma facilmente e, em vez de desaparecer, se esconde, mas está sempre à espreita. As manifestações de racismo renovam em nós a vergonha, demonstrando que os progressos da sociedade não estão assegurados de uma vez por todas".

Desenvolvimento infantil Cidadania Missão

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